Luanda - Uma paciente da clínica Espírito Santo reclama ter sido extorquida pela clínica, quando foi obrigada a comprar uma declaração médica, emitida pela sua médica naquela clínica.

Fonte: Club-k.net

Os factos ocorreram no dia 14 de Janeiro do corrente ano, pelas quatorze horas, quando a paciente, necessitada de uma declaração médica para efeitos de visto, foi ao encontro da sua médica naquela clinica para este efeito. A médica, impossibilitada de extrair relatório de diagnóstico médico automaticamente, via sistema informático (por falha técnica), fê-lo manuscrito e remeteu à secretária do hospital para a digitalização. Segundo conta a fonte, por volta das 16h, a médica informou que a sua intervenção já estava concluída e faltava apenas o visto da Directora da Clínica.


Surpreendentemente, após alguns instantes a paciente é interpelada, por uma colaboradora do hospital em questão (parecia ser a secretária) que, com a declaração em mãos, informa que esta custava KZ 10.000,00 (Dez Mil Kwanzas). Questionada sobre o fundamente desta cobrança, a referida colaboradora informou que não sabia, “só sabia que o relatório tinha um custo de KZ 10.000,00 (Dez Mil Kwanzas)”. Sentindo-se vítima extorsão, a paciente começou uma conversa inútil com esta colaboradora que se recusou, inclusive, a chamar os seus superiores, “alegando não estar mais ninguém”.


Desafiando-a, a paciente ousou adentrar aos serviços administrativos onde pôde conversar com outro colaborador da contabilidade, que apesar de se mostrar totalmente hesitante e visivelmente aflito com a situação, após ter segredado alguns segundos com o colega da Cabine ao lado, vem apresentar algumas justificativas, desprovidas de sentido, para a extorsão. No entanto a paciente retorquiu afirmando que o valor do diagnóstico médico já se encontra integrado no valor das consultas – Relatório de diagnostico e Receituário). Face a pressão o colaborador em causa informa que, por estar assegurada pela Advance Care (ENSA), a paciente merecia um desconto que reduziria o aludido montante para KZ 7.812,00.


Estupefacta com a ausência total de procedimentos de cobrança, a paciente olhou para a Declaração que, não mais tinha, do que 8 linhas destinadas a atestar a necessidade de uma intervenção médica que nos exterior do país! Indignada e ciente dos seus direitos enquanto cidadã, a paciente daquele hospital “privado”, imediatamente solicitou o Livro de Reclamações que preencheu tendo, igualmente, reclamado para as instituições de supervisão de quem aguarda pronunciamento.