Luanda - O ex-ministro da Comunicação Social angolana terminou de ser ouvido pelo Tribunal Supremo, que prossegue hoje com a audição do corréu Hilário Santos, assistente administrativo de Manuel Rabelais.


Fonte: Lusa

Manuel Rabelais, que responde às acusações de crimes de peculato, branqueamento de capitais e violação das normas de execução orçamental, enquanto diretor do Gabinete de Revitalização da Comunicação Institucional e Marketing da Administração do Estado (GRECIMA), começou a ser julgado no dia 09 de dezembro de 2020, e depois de um interregno de mais de 30 dias, foi concluída segunda-feira a sua audição.

 

No último dia da sua audição, Manuel Rabelais disse, segundo o Jornal de Angola, que terá devolvido ao Estado, através do Serviço Nacional de Recuperação de Ativos da Procuradoria-Geral da República, pelo menos 30 imóveis, do grupo de comunicação e outros empreendimentos, bem como dois milhões de dólares e três viaturas, todos adquiridos antes de ser diretor do GRECIMA.

 

Os crimes de que vem acusado Manuel Rabelais remontam a 2016 e 2017, período em que Manuel Rabelais teria usado os seus poderes no GRECIMA para adquirir junto do Banco Nacional de Angola divisas que eram canalizadas para alguns bancos comerciais.

 

De acordo com a acusação, o antigo ministro da Comunicação Social de Angola teria movimentado o equivalente a mais de 250 mil euros das contas do GRECIMA “mesmo depois da extinção do órgão”.

 

Em sua defesa, no primeiro dia de julgamento, Manuel Rabelais admitiu ter solicitado ao banco central angolano a adesão ao processo de compra e venda livre de divisas, face às dificuldades económicas que o GRECIMA enfrentava por causa da crise.