Luanda - Na data dos factos, a informação foi avançada pelo director do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa da delegação provincial do Ministério do Interior na Lunda Norte, inspector-chefe Rodrigues Zeca, que dava conta da abertura de um inquérito, que teria a duração de 15 dias, para determinar se a acusação que pesa sobre o director da cadeia de Cacanda tinha fundamento. Já passaram quase dois meses.

Fonte: NJ

O Novo Jornal apurou que o director da cadeia de Cacanda, José Lucala, não foi suspenso do cargo e continua a exercer as funções que sempre desempenhou naquele estabelecimento penitenciário.

 

Segundo fez saber a fonte do Ministério do Interior ao Novo Jornal, uma delegação mandatada pela direcção-geral dos Serviços Prisionais (SP). por orientação do ministro do interior, Eugénio Laborinho, seguiu para a província da Lunda Norte no sentido de verificar a acusação sobre José Lucala.

 

“Foi despoletado um processo interno de inquérito, que estava a ser conduzido por uma equipa dos serviços penitenciários de Luanda, que se deslocou à Lunda Norte para constatar a situação”, disse a fonte, salientando que a equipa do Ministério do Interior trabalhou com o director da cadeia de Cacanda e recolheram os dados que necessitavam.

 

Já o porta-voz dos Serviços Prisionais, Menezes Cassoma, contactado pelo Novo Jornal, afirmou que o processo-crime sobre o director da cadeia de Cacanda continua em curso e tramitou para a superstrutura do Ministério do Interior.

 

“Nos serviços penitenciários dirigimos está comissão de inquérito e depois remetemos o expediente a consideração superior”, garantiu, revelando que o inquérito não tem uma data prevista para a sua conclusão em função das constatações que foram feitas na Lunda Norte.

 

“Face às constatações que foram feitas ao longo das investigações, nós remetemos o caso à superstrutura do Ministério do Interior que tutela o serviço penitenciário. É dela que ainda não baixaram indicações sobre as medidas a serem aplicadas ao director da cadeia de Cacanda caso se comprove que tenha culpa”, descreveu.