São candidaturas fundamentadas por vontade expressa e devem ser aprovadas pela direcção do partido, tal como se procedeu quando a UNITA indicou Mila Mello para sua representante junto do Tribunal Constitucional.

«Posso lhe confirmar que existem candidatos independentes em todas as províncias, que formalizaram candidaturas, não está dito que todos vão ser inseridos nas listas porque são bastantes. Chefiei algumas conferências onde também surgiram candidatos independentes, cujos processos estão agora junto da direcção. Portanto, vamos ter que aguardar um pouco para conhecer os nomes e, seguramente, quando a UNITA fizer a sua reunião esses nomes serão públicos porque esses processos vão ser todos encaminhados para o tribunal, neste momento não sei se ao Tribunal Supremo como aquilo que existia antes, se ao actualmente em constituição o Tribunal Constitucional.»

As coligações com outras forças políticas constam da estratégia eleitoral da UNITA e o seu secretário para a comunicação e marketing diz não serem poucas as propostas de unidade eleitoralista um dos fundamentos do seu Movimento para a Mudança.

«Mas no nosso programa diferente, questão eleitoral temos claramente definida esta perspectiva de Movimento para a Mudança. Nós vamos formalizar coligações com outros partidos, temos várias propostas de alguns partidos de poderem estabelecer estratégias eleitorais com a UNITA. Tal como disse, é deste número de propostas feitas que a direcção se deve definitivamente pronunciar sobre quem ou não será integrado na lista de candidatos.»

Da Igreja, a UNITA quer o seu poder doutrinal de regulador da moral e civismo, mediador e promotor da unidade na diferença, condimentos para o equilíbrio que se pretende no processo eleitoral que se avizinha.

«Seguramente não vão estar, sacerdotes na lista UNITA porque creio mesmo que a que própria igreja tem nesta medida uma questão de manter uma absoluta isenção e poder cumprir também o seu papel equilibrador neste processo. Não é novidade nenhuma mas, seria uma grande vontade nossa podermos ver as igrejas envolvidas não seja só na educação cívica como na observação do processo. Porque o nosso processo tem muitos riscos, riscos que vem acrescidos dessa vontade estranha de mudar as leis sobre os joelhos e as regras do jogo praticamente com o jogo na sua fase terminal. Assim, devemos contar com estas instituições de grande poder moral para complementar a estabilidade que o processo requer.»

A reunião regional de Luanda termina nesta sexta-feira com a divulgação dos nomes dos candidatos aprovados para o circulo de Luanda.
 
Fonte: VOA