Luanda – Após uma longa investigação aturada, a Autoridade Nacional de Inspecção e Segurança Alimentar (ANIESA), o novo órgão tutelado pelo Ministério da Indústria e Comércio, impediu no dia 15 de Março, no Porto de Luanda, a entrada de cerca de 200 toneladas de farinha de milho proveniente do Brasil. O gerente da empresa responsável pela importação está detido por falsificação do ‘Documento Único’.

Fonte: Club-k.net
Importta.jpg - 65,86 kBO produto foi importado de forma fraudulenta – violando todas as leis angolanas – pela empresa Bana Shalom - Comercio Geral Lda., dirigida por cidadão da Eritreia de nome Eyoel Menghisteab Ghebrihiwet, com o objectivo de ser comercializado no mercado de consumo angolano.

O Club K soube através de uma fonte oficial da ANIESA que, o produto, ora retido, faz parte de um lote de 50 contentores, sendo que, nesta primeira fase, apenas dez chegaram ao nosso país.

Segundo o Inspector Geral da ANIESA, Diógenes de Oliveira, este produto entrou fraudulentamente no país através de um esquema de falsificação do «Documento Único» de uma outra empresa.

“Diante deste trabalho de perspicácia e inteligência desencadeado pela ANIESA, descobrimos uma rede de empresários ‘mafiosos’ que se dedicam exclusivamente a falsificação do Documento Único”, revelou, recordando que a apreensão desta mercadoria é fruto de um trabalho conjugado com a Administração Geral Tributária e outros órgãos afins.

“É verdade que estamos diante de uma infracção gravíssima em todos os sentidos, com a falsificação de um documento sectorial onde esse mesmo prevaricador usava no circuito nacional e internacional para as suas acções”, reforçou o responsável que liderou a operação.

O Inspector Geral da ANIESA realçou que Eyoel Menghisteab Ghebrihiwet, gerente da empresa Bana Shalom - Comércio Geral Lda., vai responder pelos crimes de ‘Associação de malfeitores’, ‘Branqueamento de capitais e Financiamento ao Terrorismo’, ‘Atentado à saúde pública’, ‘Tentativa de envenenamento’, ‘Falsificação de documento’ entre outros crimes previstos e puníveis pelo Código Penal e outras legislações conexas.

O ‘implacável’ jurista – desde o tempo do INADEC – adverte que, enquanto a Autoridade Nacional de Inspecção e Segurança Alimentar velar pelo bom ambiente de negócios, que é a sua principal missão, a sua direção não vai condescender com os empresários [nacionais ou estrangeiros] que pretendem sabotar o esforço do Presidente João Lourenço para fins inconfessos.

Diógenes de Oliveira assegura que o trabalho investigativo continuará no sentido de garantir a segurança alimentar dos consumidores e o bom ambiente de negócios.

“Aqueles agentes económicos que ainda optam pelas vias sombrias que lesam a economia angolana, nós, ANIESA, não teremos contemplações, nem mediremos esforços para desmantela-los”, rematou.

Vale recordar que, depois da apreensão de 20 mil caixas de cosméticos com as datas de validades expiradas, essa é a segunda maior actividade realizada pela ANIESA em menos de dois meses.