Lisboa – Informações devidamente apuradas, revelam que altos dirigentes do MPLA, manifestam preocupação sobre a ocorrência de um ambiente de crispação no interior de uma corrente mais jovem do regime, que acabam por prejudicar, o processo interno de transição politica geracional, no regime.

Fonte: Club-k.net

Segundo avançaram ao Club-K, os episódios de crispação até então verificados, está diretamente relacionado ao caso de dirigentes ou jovens governantes que nos últimos doze meses, terão se incompatibilizado com os seus adjuntos resultando em exonerações.

Casos sonantes: A  saber:

Em Abril passado, o administrador do distrito da Samba, Hélder Manuel Jardim do Nascimento Balsa terá se incompatibilizado com o Ministro da Administração do Território e Reforma do Estado, Marcy Cláudio Lopes, que a responsabilidade deontológica de observar pelas implementação e funcionalidade das administrações municipais e comunais. Como consequência do mal estar atribuído entre as partes, o ministro Marcy Lopes contactou a Presidente da Comissão Administrativa da Cidade de Luanda, Maria Antónia Nelumba orientando-a a produzir uma proposta em que sugeria a governadora Joana Lina Ramos Baptista Candido, pela exoneração de Hélder Balsa, por alegada “ordens superiores”.


O antigo Administrador do Distrito Urbano do Benfica, Município de Talatona, Hélio Nelson de Aragão dos Santos, e o Administrador cessante Municipal de Talatona, Ermelindo da Silva Gonçalves Pereira, foram arrastados por um clima de desarmonia que resultou na saída de uma das partes. De acordo com explicações, a administração do distrito do Benfica dependia da administração do Talatona, por sua vez, Hélio Aragão dos Santos tão logo que foi nomeado, ao tempo do governador provincial, Sérgio Luther Rescova Joaquim terá mobilizado empresários locais , e homens de cultura para ao auxilio de feitos, deixando para trás a administração do Talatona. Em casos de conflitos de terrenos, naquela localidade, altos responsáveis do regime eram reencaminhados para a administração do Benfica gerando informações de que Aragão dos Santos estaria a passar por cima do seu superior, que por sua vez deixou de o receber. Tão logo que Luanda, passou a ter uma nova governadora, Joana Lina, o administrador de Talatona comunicou que não queria trabalhar com o seu colega Hélio Aragão dos Santos. Joana Lina aceitou o pedido colocando Baudílio Vaz, como novo patrão da administração do Benfica, Luanda.

 

O até pouco tempo, Administrador Municipal de Talatona, Ermelindo da Silva Gonçalves Pereira, terá estado num clima frio com a sua adjunta para a área politica, social e das comunidades, Claudineth Vitoria Damião Fragoso Cerqueira, ficando sem despachar com aquela por um período de cinco meses. Pereira, incompatibilizou-se também com o administrador do Distrito Urbano de Belas, Joaquim Israel Baltazar de Oliveira Marques tal como também com a Administradora do Distrito Urbano do Futungo de Belas, Virgínia Seixas Isaias de Oliveira. Com a chegada de Joana Lina, ao poder, o administrador Ermelindo Pereira propôs a exoneração destas duas figuras. A governadora, por conseguinte, exonerou Joaquim Israel, mas teve dificuldades em afastar, Virgínia Isaias de Oliveira, que é sobrinha do chefe da casa de segurança da PR, general Pedro Sebastião. No seguimento de crispações existentes, estes jovens dirigentes do regime, a governadora, Joana Lina, foi superiormente orientada a exonerar Ermelindo Pereira da liderança da administração do município de Talatona.

 


O administrador do Cazenga, Tomás Bica Mumbundo, e o seu “homologo municipal” do Kikolo, Auxilio Jacob são frequentemente citados como estando em briga por causa de um espaço usado como mercado (do Kikolo) em que ambos reivindicam a sua titularidade. De acordo com informações a disputa sobre este mercado deve-se ao facto da arrecadação de receitas na qual os administradores municipais tomam partido para proveito pessoal.


Desde Junho de 2020, que a ministra das finanças, Vera Esperança dos Santos Daves de Sousa, e a sua secretaria de Secretária de Estado do Orçamento e Investimentos Públicos, Aia-Eza Nacília Gomes da Silva observam um quadro de desencontro institucional. Aia-Eza era a figura que havia rejeitado ser ministra das finanças, para substituir Archer Mangueira deixando espaço aberto para Vera Daves Santos, que agora se revela assombrada com a outra. De acordo com informações do “África Monitor”, Vera Daves tem envidado esforços internamente para afastar Aia-Eza da Silva, mas esta tem contado com apoio de Manuel Nunes Júnior, ministro de Estado para o sector econômico. Vera que tem sido citada como estado de saída para ser substituída por Silvio Franco Burity ou Júlio Bessa, reduziu os poderes de Aia-Eza da Silva passando para o novo secretario de Estado das finanças e tesouro, Ottoniel Santos, conforme se lê numa exposição do portal “LuandaPost”.

 


Até Abril de 2020, a Secretaria de Estado, Paula Cristina Francisco Coelho, rejeitava a então inexperiente e ao mesmo tempo “super” ministra da Cultura, Turismo e Ambiente, Adjany da Silva Freitas Costa que se tornara sua superior hierárquica orientando que correspondências para outra, não podiam cair na caixa do seu gabinete. Paula Coelho, que é igualmente membro do BP do MPLA, chegou a levantar neste órgão partidário a questão de que a sua superior no ministério deveria passar a responder junto do gabinete da ministra de Estado Carolina Cerqueira, e não diretamente com o Presidente da República, como estava acontecer. Na sequencia da crispação ocorrida, uma ala do gabinete presidencial, conotada a ministra de Estado Carolina Cerqueira, sugeriu a saída de Adjany Costa do governo.