Luanda - Está tudo bem dito. E o africano se for honesto, se for educado (não me refiro à instrução), e se acreditar na moralização dos actos dos humanos, sabe que a África é o continente encalhado na incerteza política, económica, social, com o futuro imprevisível, porque repetem-se os mesmos erros de cálculo e de gestão dos recursos disponíveis.

Fonte: Club-k.net

Procura-se a igualdade soberana naquilo que ainda não foi alcançado. Os dirigentes acreditam mais nos recursos alheios para o bem comum porque os recursos nacionais são para o enriquecimento próprio. Vamos para o nosso exemplo: porquê é que um partido tem de excluir uns médicos dos outros? Uns intelectuais dos outros? Uma ciência da outra? Com comités de especialidades? Grita-se em Angola que foram os angolanos que mataram o apartheid do Kuito Kuanavale! Meus senhores... Comités de especialidades é apartheid! Angola só vai beneficiar do esforço de todos com a inclusão social, técnica, e todos iguais perante a lei, respeitando a constituição da república, possuidora de normas conformes à unidade nacional e à protecção inequívoca de todos os cidadãos.


A riqueza tem de ser distribuída para o desenvolvimento de um país, uma nação, um Estado. A proporcionalidade na distribuição da riqueza não deve ser excludente! O patriotismo não deve ser justificação para uso e abuso da racionalidade dos homens para alcançar o superávit de uma elite inconformada!


A África precisa de um tempo para conversar sobre as suas limitações e encarar as possibilidades, antes de concluir que precisa de permanentes doações e apoios, de bens e recursos que com sabedoria e aconselhamento (instrução), pode bem alcançar com a inclusão de todos os seus filhos, reconhecendo nos mais capazes a liderança.

Kate Hama
17 de maio de 2021