Luanda - A ministra das Finanças, Vera Daves, disse, nesta terça-feira, que o Executivo está a discutir e a avaliar as várias opções possíveis para apostar num segundo programa de financiamento junto do Fundo Monetário Internacional (FMI), tão logo termine o actual, de um pacote de 4,5 mil milhões de dólares.

Fonte: Angop

O FMI prevê anunciar, nesta quarta-feira, os resultados da sua última revisão ao programa de financiamento a Angola, assunto sobre o qual o Governo angolano está a trabalhar, arduamente, para atingir as metas e as medidas por si definidas, de acordo dcom a governante.

 

“O FMI tem-nos apoiado muito a nível técnico e financeiro. Continuamos comprometidos com o programa e estamos muito optimistas em relação ao resultado da próxima avaliação”, manifestou Vera Daves em entrevista a agência de notícias norte-americana Bloomberg, que também é empresa de tecnologia e dados para o mercado financeiro.

 

Sobre a eventualidade de um segundo programa do FMI tão logo termine o programa actual, a ministra fez saber que, “neste momento, se está a discutir e a avaliar as várias opções que estão disponíveis”, e que internamente, com a equipa do Fundo Monetário Internacional, se avaliam os prós e contras de cada opção, para se tomar a decisão final.

 

Sobre o impacto da pandemia da COVID-19 na economia angolana, Vera Daves referiu que a mesma teve fortes efeitos, directos e indirectos, destacando, entre outros, o aumento da despesa com a saúde e a baixa dos preços do petróleo e queda do crescimento do país.

 

“E todas estas reformas necessárias abalaram- nos muito porque ainda importamos muito daquilo que consumimos. E tudo isto teve grande influência/impacto na inflação”, admitiu.

 

O Banco Central, acrescentou, está a tomar medidas relativamente à Política Monetária, mas “o mais importante é pôr em práctica as medidas necessárias para crescer, gerar receita e tornar a nossa moeda mais forte para melhorar as nossas reservas internacionais, a nossa taxa de câmbio e inflação”.

 

Quanto as previsões de crescimento, frisou que o país continua, ainda, muito dependente do sector petrolífero, mas que se tem trabalhado muito com esta indústria, motivando os seus actores a a investirem sem receio e, assim, estabilizar-se a produção, para se parar de cair e começar-se a crescer.

 

Na ocasião salientou que, não obstante estas situações, também estão a ser criadas as condições para se alavancar outros sectores, como a agricultura, pequenas indústrias, pesca e serviços financeiros para o mercado de capitais.

 

“Estamos a criar as infra-estruturas e um ambiente propício a atrair este tipo de investimento”, disse.

 

A Bloomberg L.P. é uma empresa de tecnologia e dados para o mercado financeiro e agência de notícias operacional em todo o mundo, com sede em Nova York. A empresa foi fundada em 1982 por Michael Bloomberg, ex-prefeito da cidade de Nova York de 2002 a 2013.