Nova Iorque - O presidente angolano, João Lourenço, defendeu esta quarta-feira, em Nova Iorque, o fim do embargo de armas imposto ao governo da República Centro-Africana pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Fonte: RFI
João Lourenço, que preside actualmente à Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos, participou numa reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas sobre a crise político-militar da República Centro Africana.
O presidente explicou o que tem sido feito para conseguir um compromisso entre as partes, de modo a estabelecer a paz na República Centro Africana.
A diplomacia angolana defende que o diálogo deve ser a via primordial para a resolução dos conflitos que têm marcado vários países africanos.
O chefe de estado pediu justiça no tratamento do levantamento do embargo e solicitou apoio internacional ao governo daquele país africano para munir as suas forças armadas, criando condições de estabilidade, após a retirada da ONU.
Por seu turno, a Organização das Nações Unidas denunciou esta quarta-feira o comportamento das forças nacionais centro-africanas e aliados russos, considerados responsáveis por múltiplas violações dos direitos humanos e que dificultam seriamente, segundo a ONU, as operações de manutenção da paz.
De salientar que João Lourenço tem preconizado, por várias vezes, o fim do embargo da venda de armas à RCA, país confrontado com o terrorismo e com forças de vários horizontes ideológicos que contribuem para a sua instabilidade crónica.
Na sessão, foram ainda ser abordadas questões relacionadas com grupos extremistas que têm espalhado o terror em países africanos, como é o caso do Estado Islâmico.