Luanda - O uso de terminais de pagamento automático em Angola, teve um incremento de 13% no ano passado, impulsionado pelo contexto pandémico, segundo o estudo da Deloitte "Banca em Análise" que realça também o crescimento de 820% da aplicação Multicaixa Express.

Fonte: Lusa

O relatório, hoje divulgado, revela que os angolanos aderem cada vez mais aos meios eletrónicos de pagamento, mantendo a tendência de crescimento verificada nos últimos anos na utilização dos terminais de pagamentos automáticos (TPA), ao contrário do que aconteceu com a utilização das caixas automáticas (ATM), "o que se justifica atendendo ao contexto pandémico que se viveu em 2020, com uma redução no manuseio de dinheiro físico".

 

O número de Caixas Automáticas (ATM) registou um crescimento muito ligeiro de 0,7% (de 3.125 em 2019 para 3.148 em 2020) enquanto os Terminais de Pagamento Automático (TPA) registaram um aumento de 13%.

 

O número de ATM aumentou de forma residual, enquanto o número de TPA se fixou em 130.502 terminais em 2020, mais 15.290 do que em 2019. No que diz respeito ao número de transações, em 2020 verificou-se um decréscimo de aproximadamente 0,9% face a 2019 nas caixas automáticas, contrariamente ao verificado em TPA que apresentou um crescimento de 15%, situação que se explica pelos impactos da COVID-19 nestes canais de pagamento.

 

Quanto ao Multicaixa Express, uma aplicação interbancária de pagamentos disponibilizado pela EMIS (entidade responsável pela rede Multicaixa) tem vindo a ganhar popularidade crescente: depois de ter registado em 2019 19,6 milhões de transações, no ano passado, a aplicação registou um aumento expressivo para as 179,6 milhões de transações, ou seja, um crescimento de cerca de 820%.

 

O relatório destaca também a evolução das transações e montantes associados aos pagamentos de impostos ao Estado por via eletrónica.

 

Em 2019 foram registadas cerca de 2,1 milhões de transações desta natureza, número que aumentou para 2,3 milhões de transações, (+ 9%), enquanto os montantes passaram de 1 132 357 milhões de kwanzas (1.485 milhões de euros) em 2019 para 1750455 milhões de kwanzas no ano passado (2.295 milhões de euros), refletindo um aumento de 55%.

 

O estudo incidiu sobre 26 bancos que integram o sistema financeiro angolano.

 

O relatório não incluiu o Banco Económico, uma vez que as respetivas demonstrações financeiras do exercício de 2020 não se encontravam disponíveis na data do presente estudo.