Johanesburgo - O antigo Presidente da África do Sul está preso por se ter recusado comparecer junto de uma comissão que investiga casos de corrupção ocorridos no seu mandato presidencial. No episodio que antecedeu a sua entrega “voluntaria” , registrou-se um “braço de ferro” entre o mesmo e a justiça sul africana que teve como epicentro as mulheres mais importantes da sua vida.

Fonte: Club-k.net

Na linha da frente pela resistência à sua entrega, estava a influente filha “moçambicana” Duduzile Zuma, acusada de usar o “twitter” para incitar o caos que se registrou no país. O ANC já afastou-lhe e o principal partido da oposição promete leva-la a tribunal para a devida responsabilização.

 

A resistência mais sensível ou mesmo romântica veio da antiga primeira dama, a senhora Sizakele Khumalo (MaKhumalo) que na cultura zulu tem a responsabilidade de ensinar as outras 5 esposas (de Zuma) e aos 23 filhos sobre os seus deveres. Khumalo completou em março 81 anos. Conheceu Zuma quando tinha 16. Segundo os jornais a MaKhumalo tem trauma de prisão. MaKhumalo terá lamentado que um ano depois de se casar com Zuma, ele foi preso e sentenciado a 10 anos de prisão. Quando Zuma foi solto rumou para o exílio que lhe consumiu outros 14 anos distante da primeira esposa. Quando Zuma regressou a África do Sul em 1993, o casal já não podia fazer filhos, embora algumas publicações apontam problemas de fertilidade a MaKhumalo.

 

O Presidente Zuma aprecia a lealdade de MaKhumalo conforme explicou quando recebeu o seu doutoramento “honoris causa” pela Universidade de Zululand: “Como namorada, ela esperou 10 anos e seis meses por mim enquanto eu estava preso na Ilha Robben. Como esposa, ela esperou 14 anos quando eu estava no exílio. Ela realmente sofreu muito por causa de sua lealdade, amor e compromisso comigo”.


Do lado oposto a resistência movida por Duduzile e MaKhumalo, estão outras três mulheres. A filha Thuli Nomaqhawe Zuma que desde 2020 trabalha na Presidência da República, e a Thuthu Nomonde Zuma que já foi oficial de ligação dos serviços de inteligência e agora está na historia da África do sul como a oficial mais nova do governo nomeada como diretora de gabinete de um ministro. Segundo os jornais, terá sido, a mãe destas duas jovens, que em última da hora telefonou ao antigo Presidente convencendo a se entregar a Polícia – em respeito a constituição - quando faltavam poucos minutos para meia noite do dia 8 de Julho.

 

A mãe é a médica Nkosazana Dlamini-Zuma, que no governo de Cyril Ramaphosa, exerce as funções de Ministra da Governança Cooperativa e Assuntos Tradicionais. Embora separados há mais de 20 anos, Nkosazana Dlamini-Zuma, é a senhora que Jacob Zuma queria que lhe sucedesse no cargo de Presidente da República, e que disputou com Ramaphosa, a liderança do partido no congresso de 2017.