Lisboa - Dois dirigentes da UNITA, foram ouvidos, esta semana, na Direção Nacional de Investigação e Acção Penal (DNIAP), da Procuradoria-Geral da República, no âmbito do processo crime 53/2021, movido por um antigo secretário do partido em Cacuaco, Domingos Pedro que alega ter a vida em perigo depois de aderir ao MPLA.

Fonte: Club-k.net

Nesta sexta-feira (23), foi ouvido pelo procurador Belchior José dos Santos, o membro da JURA Aurélio Pedro Vitangui, depois de na manha de quinta-feira (22), ter integrrogado o secretario municipal da UNITA, em Cacuaco, Tavares Victor Mbule. Nas duas audiências, o procurador Belchior dos Santos procurou saber dos seus interlocutores se alguma receberam ordem do Secretario provincial da UNITA, Nelito Ekuike para agredir o antigo militante Domingos Pedro. A resposta de ambos foi negativa.


Pelo conteúdo das questões, estima-se que nas próximas semanas, a PGR venha a convocar Nelito Ekuike, para responder neste mesmo processo.


Desde que passou a sentir-se “perseguido”, Domingos Pedro, o queixoso, deixou a sua residência no Bairro da Cerâmica, em Cacuaco mudando-se para uma pensão no município de Viana. Há informações de que por temer que seja perseguido, transferiu-se para uma outra pensão na cidade de Caxito, província do Bengo.


Domingos Pedro e um outro antigo militante Kawikh Sampaio da Costa passaram a trabalhar para um general do MPLA, José Tavares Ferreira, no programa de desgaste a imagem do líder da UNITA, Adalberto Costa Júnior.


Segundo apurou, o Club-K os mesmos tem sido procurados por um grupo de cidadãos na cidade do Caxito que reclamam terem sido recrutados para ir a Luanda fazer-se passar por militantes da UNITA, sem no entanto terem sido pagos.


Kawikh Sampaio da Costa terá recebido 50 milhões de kwanzas do MPLA para uma operação na qual prometeu levar a sede deste partido 1000 militantes da UNITA. Do valor que lhe foi dado, deu 22 milhões de kwanzas ao Secretario da UNITA, no Município do Kilamba Kiaxi, Demetrios Kokelo Tulumba que se fez passar de desertor.


Kokelo recebeu o dinheiro e entregou a direção do seu partido que apresentou, em conferencia de imprensa, como prova de que o MPLA estava a corromper militantes para simular deserções na UNITA.