Luanda - A vista do Presidente do Presidente, João Manuel Gonçalves Lourenço, à República da Turquia, é mais um exemplo vivo e contínuo dado pelo Presidente da República, na busca de parceiros estratégicos e na promoção e divulgação de uma nova era, tendo em conta as actuais desafios em curso no país.

Fonte: Club-k.net

Ora, aqui somos todos convidados a participar de forma directa ou indirecta, emitindo as nossas livres opiniões. Não é menos importante, que a nossa Política Externa, seja de forma constante um objecto de estudo e que nos sirva, como elemento inalienável para compreensão das nossas reais adaptações ao ambiente aonde temos nos inseridos.

 

Nesta simples, curto e crucial análise (incursão), pretendo (mos) perceber as decisões e acções que o governo tem tomado, salvaguardando os aspectos os aspectos do ambiente internacional e nacional. É imperioso que, se continue a analisar as diversas opiniões/abordagens metodológicas e até mesmo analíticas com bases epistemológicas específicas, que devem ser levadas em consideração na Análise de Relações ou políticas externas.

 

Na obra obra "elementos de análise de política externa", um dos acervos do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da universidade de Lisboa, Vítor Marques dos Santos (2012), considera que a "política externa corresponde a um conjunto de processos, decisões e acções desenvolvidas pelos Estados, desempenhadas por órgãos através da utilização de recursos e de instrumentos específicos.

 

No contexto desta análise, irei (mos) antes, abordar a questão ligadas aos pontos mais importantes e elevados resultantes da visita em análise.

 

É sabido que, a Turquia é membro fundador da Organização das Nações Unidas (1945), da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE-1961), da Organização para a Cooperação Islâmica, cujo acrónimo é OIC (1969), da Organização para a segurança e Cooperação na Europa (OSCE-1973), da Organização de Cooperação Econômica (ECO-1985), da Organização de Cooperação Econômica do Mar Negro (BSCEC-1992) e do Grupo dos 20 (G20-1999). Tendo em conta, as sua influência no contexto das nações, em 17 de Outubro de 2008, a Turquia foi eleita como membro não permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o que já tinha acontecido em 1951-1952, 1954-1955 e 1961.

 

Em consonância com sua orientação ocidental tradicional, as relações com a Europa, sempre foram um elemento central e fulcral na política externa turca.

 

Vale aqui realçar que, em 1949, a Turquia tornou-se membro do Conselho da Europa, e em 1963, torna-se membro associado da Comunidade Económica Europeia (CEE), a antecessora da União Europeia, um estatuto a que se tinha candidato em 1959. Depois de décadas de negociações, o país candidatou-se à adesão plena da CEE, isto em 1987. Em 1992, foi assinado o Acordo de Ancara, que admitiu a Turquia como membro da União da Europa Ocidental (UEO). Em 1995, concluiu um acordo de união aduaneira com a UE, e em 2005 foram finalmente iniciadas as negociações formais para a adesão por à UE. Em Julho de 2014, foi admitida como observador associado na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

 

Nesta perspectiva, Angola ao buscar, estreitar e aprimorar as suas relações com a Turquia, colherá frutos advindo de um país internacionalmente respeitável e diplomaticamente experiente, invejável e com uma competência transversal e motivadora para o nosso país. Angola, estará a dar um passo gigantesco e significativa no ponto de vista das relações políticas internacionais, pós acaba por encontrar um país, suficientemente forte e determinado em ajudar Angola em vários domínios.

 

O outro aspecto não menos importante no ponto de vista da relações exteriores da Turquia, prende-se pelo de estar de forma contínua a estreitar os seus laços com EUA. Com base na ameaça comum representada pela antiga União Soviética, a Turquia aderiu a OTAN em 1952, assegurando as suas estreitas relações bilaterais com Washington durante a Guerra Fria.

 

Num ambiente pós guerra fria, a importância geoestratégica da Turquia, manteve-se devido à sua proximidade com o Oriente Médio, Cáucaso e Balcãs. Desde a década de 1940 que os Estados Unidos da América, tem apoiado este país nos campos militar, político, diplomático e económico, inclusive em questões fundamentais como a adesão à União Europeia.

 

Ao ser questionado sobre qual país é o mais equipara militarmente a Israel no Oriente Médio, um estudioso em inteligência israelense respondeu: "Israel tem superioridade militar em relação a todos os países da região, mas com a Turquia há um equilíbrio maior, o que merece atenção das autoridades. Essa resposta dá dimensão de como a Turquia vem firmando seu objectivo de se tornar uma potência regional.

 

Alguns peritos em matéria de defesa e segurança, afirmam que, não há defesa sem espírito de defesa. Este espírito de defesa é um dos factores mais relevante de coesão dos cidadãos, da unidade e independência nacionais, afiguram-se como condições imprescindíveis a uma defesa nacional sã.

 

Em todavia, torna-se imperioso o reforço das relações a nível da defesa e segurança, a Turquia por seu posicionamento estratégico, torna-nos interessante aliado para ambos os lados, inclusive por ter seu território tanto na Ásia quanto na Europa. Recorde-se que, as Forças Armadas da Turquia, representa a segunda maior força armada permanente da OTAN, após as Forças Armadas dos Estados Unidos, com uma força combinada de pouco mais de um milhão de pessoal uniformizado, servindo nos seus cincos ramos (Exército, Marinha, Força Aérea, a Gendarmaria e a Guarda Costeira). A Turquia é um dos países membros da OTAN, que fazem parte da política nuclear partilhada da aliança, juntamente com a Bélgica, Alemanha, Itália e Países Baixos. E neste quesito, creio serem razões óbvias e pertinentes e até recomendáveis, que motivaram o nosso chefe de estado a visitar e estreitar tais ambiciosas relações.

 

No âmbito da Economia e Finanças, a Turquia, tem o décimo quinto maior PIB PPC (Paridade de Poder de Compra) do mundo e o maior PIB, nominal. A taxa de crescimento do PIB de 2002-2007, foi em média 7,4%, o que fez da Turquia uma das economias que mais cresceram no mundo durante esse período. Com uma economia cada vez mais dependente da indústria nas grandes cidades, pode (m) apresentar como um dos factores que estejam na base desta ida do Senhor Presidente da República a este país EURO-ASIÁTICO. O que culminou com assinaturas de vários acordos público-privado.

 

No domínio da economia e transporte, sabe-se que até o ano 2010, existiam 99 aeroportos na Turquia, 16 deles com pistas com comprimento superior a 3.047 m e cinco com um movimento anual de passageiros superior a cinco milhões.

 

Há que defendam que, a economia e Transporte, requerem uma análise de forma sintética, em separado, para que se possa avançar em direção à construção do entendimento básico desse binário de forças globais. Hoje, a economia é uma ciência pertencente à grande área das ciências sociais aplicadas. Angola, poderá através da Turquia, aperfeiçoar e modernizar os seus serviços e quiçá os seus "modus operandi"!?


Para terminar a minha pequena análise, devo que aqui reiterar os votos de que, os acordos ora assinados, quer no ponto de vista do comércio, dos recursos minerais e dos transportes, além de aspectos consulares e diplomáticos, devemos acima de tudo, enaltecer a visita de S.Excia Presidente da República a este país, pós representa e constitui para os angolanos, um marco no reforço das relações entre os dois países. Esperamos que, daqui em diante, possamos caminhar no sentido de arquitetarmos profundamente os laços estratégicos de mútuo interesse.

Muito obrigado.