Luanda - Num dos artigos publicados aqui no meu mural no dia 14 de Julho do corrente ano, denunciei dando crédito às fontes que a partir da CIDADE ALTA, estava em forja um plano macabro para a destituição do Engenheiro Adalberto Costa Júnior do cargo de Presidente da UNITA, através de um acórdão elaborado pela Direcção do MPLA e que seria remetido ao Tribunal Constitucional para chancela-lo. Situação que veio a concretizar-se no dia 07 de Outubro do ano em curso com o conhecido ACORDÃO 700/2021.

Fonte: Club-k.net

Na mesma linha e a partir da CIDADE ALTA, chegam-nos informações preocupantes sobre os preparativos de inviabilização e sabotagem à realização do XIII Congresso da UNITA aprazado para os dias 2, 3 e 4 de Dezembro do corrente ano.


Segundo as nossas fontes, o referido plano bem posicionado no aparelho do regime passa pelas seguintes manobras:


1. Forjar um cenário de crime de cuja gravidade obriga à prisão preventiva imediata, sob à alegação de perigo de fuga e obstrução ao processo em investigação.


a) Montagem de uma peça teatral e/ou novela cuja personagem passará por uma adolescente abaixo dos 18 anos, com alegações de ter sido estuprada, seguida de depoimentos falsos de supostos médicos e familiares.

b) Apresentação à imprensa de supostos elementos violentos e de assalto à mão armada, pretensamente a mando do Deputado Adalberto Costa Júnior, com o objectivo de o incriminar.


A obsessão da manutenção do poder não pode subverter o Estado Democrático e de Direito.


Enquanto responsável pela gestão do País, o inquilino da cidade alta, a sua postura deve ser condizente à característica de um homem responsável e visionário, sereno, tolerante, coerente, congregador e acima de tudo, aberto ao diálogo e consensos com o fim de garantir o bem-estar geral das populações e preservar os fundamentos do Estado Democrático e de Direito alcançados no País, com dor, sangue e sacrifício.


Um Presidente da República que também, é Chefe de Estado, deve ser essencialmente homem de paz e de concórdia. Um Chefe de Estado não deve tornar-se num homem absolutista, compulsivo, vingativo, incoerente, divisionista, oportunista e confusionista.

Quando assim acontece, o País desemboca num caos total.


O nosso País atravessa uma crise sem precedentes: crise económica, crise social, crise de valores, crise política, crise de liderança e crise comportamental, que faz com que, do meu ponto de vista, a liderança respeitada deixou de existir em 2017.


O novo inquilino e o seu grupo sectário colocaram em acção um programa de prostituição, subversão e banalização de todas as instituições do Estado, a favor da mera gestão casuística do poder pelo poder que vamos assistindo, com a cumplicidade silenciosa e impávida da classe dos académicos, políticos, forças castrenses e sociedade em geral.


O plano macabro em curso passa também pela estratégia maoista de desviar as atenções sobre o rumo que o País tomou.


As encenações do teatro e/ou novela UNITA, fazem parte da agenda de gestão de sobrevivência do regime, que, para o efeito, recorrem à tática de guerra que emprega três eixos de execução operacional:


1. A imprensa pública – que actua como artilharia pesada e/ou reativa no teatro de guerra através da disseminação de mentiras e calúnias, injúrias, difamação e todo o tipo de campanha de intoxicação contra a UNITA e o Engenheiro Adalberto Costa Júnior;


2. Os agentes infiltrados – que actuam como grupo de avanço para a desestabilização interna;


3. O Tribunal Constitucional – como grupo do xeque-mate e da consolidação da conspiração do plano ou seja, o instrumento do mata-mata. Este actua como a força de engajamento da infantaria terrestre sob a cobertura da artilharia pesada e bombardeamentos aéreos efectuados pelos caças-bombardeiros que é a imprensa pública, os seus comentadores e agentes infiltrados, com o objectivo de enfraquecer, dividir e destruir à alternativa credível de mudança representada pelo Engenheiro Adalberto Costa Júnior e consequentemente a UNITA, assim como as premissas do Estado Democrático e de Direto no País.


Com este cenário, o regime do MPLA vai concretizando o seu Plano que consiste na formatação de uma fraude baseada numa abstenção natural de larga escala, sofisticada e consentida, por via de indução da desinformação e propaganda demagógica de formas à adormecer e desmoralizar os potenciais eleitores em não se registarem, na medida em que na surdina, vai mobilizando os seus poucos militantes para o registo eleitoral. Por isso é que a imprensa pública, fugindo das suas responsabilidades, não faz campanhas de sensibilização e educação cívica para que os cidadãos se motivem a participar.


Entendo que todas as conquistas que o País alcançou são irreversíveis, logo, devemos unir esforços no sentido de derrotarmos as forças de bloqueio do desenvolvimento do País.


Será que o MPLA e os seus dirigentes calculam as consequências que podem advir de uma suposta prisão de Adalberto Costa Júnior? Ou o MPLA pretende fazer de Angola um País inviável?


Luanda, 23 de Novembro de 2021. –
Joaquim Nafoia
Deputado