Luanda - DISCURSO DO PRESIDENTE D UNITA, ISAÍAS SAMACUVA, NA ABERTURA DO XIII CONGRESSO ORDINÁRIO.

Fonte: UNITA

Excelentíssima Senhora Dra. Amélia Judith Ernesto (Vice Presidente da UNITA);

Excelentíssimo Senhor Deputado Franco Marcolino Nhany (Secretário Geral da UNITA;

Excelentíssimo Senhor Engº. Adalberto Costa Júnior, Candidato ao cargo de Presidente da UNITA;

Excelentíssimos Senhores Membros do Governo da República de Angola:

Excelentíssimos Senhores Representantes de diversas denominações Religiosas;

Distintos convidados; Minhas Senhoras e meus Senhores


Começo por saudar calorosamente todos os que se encontram aqui reunidos connosco para vivermos estes momentos históricos da vida do nosso partido. Agradeço a todos os nossos ilustres convidados por terem aceite o nosso convite para estarmos juntos nesta sala no momento em que fazemos a abertura deste evento. Ficamos muito honrados com a vossa presença. Muito e muito obrigado.

 

Circunstâncias alheias à nossa vontade obrigaram-nos a estar aqui novamente para novamente realizarmos o XIII Congresso Ordinário da nossa UNITA, apenas dois anos depois de termos realizado o mesmo XIII Congresso Ordinário.

 

Ao longo dos anos, na luta pela dignificação dos angolanos, as forças envolventes têm utilizado estratégias e táticas diferentes para levar a melhor sobre o seu adversário. Da mesma forma que no campo militar o avanço da ciência e da tecnologia determinou a utilização de novos instrumentos nas comunicações, na contra inteligência, nas táticas de penetração e nas técnicas de combate, também na luta política, a força que detém o controlo do Estado há 46 anos passou a utilizar sem limites os órgãos e os recursos do Estado para executar suas estratégias partidárias.


A consagração constitucional de Angola como Estado democrático de direito ainda não constitui freio para esta conduta desleal, pois, o próprio Estado, enquanto refém e prisioneiro, é utilizado na execução das mais diversas manobras, todas elas inspiradas nas táticas e na cultura hegemónicas que ainda dominam o modo de fazer política.


Às vezes, é pois, imperativo identificar-se bem as forças do adversário no terreno. Mas temos de saber também, e muito bem, o posicionamento das nossas forças, não vá uma manobra de simulação do nosso adversário levar-nos a atacar as nossas próprias forças confundidas com as do adversário. No plano político, precisamos de identificar bem o nosso adversário para que não abramos fissuras nas nossas próprias linhas pois a acontecer, a nossa unidade e a coesão interna do nosso Partido fica afectada.

 

Prezados companheiros: Como disse atrás, reunimo-nos aqui para regularizarmos o nosso partido. Este Congresso só será útil se servir também para aprovar e consolidar estratégias que nos permitam também sair das águas turvas e lodosas das suspeições e acusações gratuitas e construir e consolidar a unidade e a coesão interna do Partido, sem deixar ninguém de fora. Não é um exercício fácil na situação em que nos encontramos. Exige coragem, humildade, patriotismo e sentido de missão. Coragem, para nos olharmos olhos nos olhos e dialogarmos com franqueza. Humildade, para colocarmos de lado os nossos egos, controlarmos as emoções e as ambições. Patriotismo para colocarmos o interesse colectivo acima das legítimas aspirações e estratégias de grupo. E sentido de missão para aceitarmos o facto de que só chegamos até aqui porque ao longo da nossa caminhada conseguimos contornar e ultrapassar unidos os obstáculos que nos apareceram pela frente. Porém, podemos perder tudo o que conquistamos se agirmos de modo egotista, revanchista e imediatista.

 

Caros companheiros: Temos de nos reinventar, todos e cada um de nós, para encontrarmos saídas airosas que evitem o sequestro do património colectivo e nos permitam honrar e dignificar a memória de todos os que, como o Dr. Jonas Malheiro Savimbi, o nosso símbolo da unidade e da coesão interna do Partido, deram o melhor de si para que a UNITA chegasse onde chegou hoje. Nesse combate, quem procurar atentar contra os pilares da unidade e da identidade na UNITA, não terá sucesso. Temos de nos reinventar e encontrar caminhos, para que, caminhando juntos, alcancemos todos a nossa meta comum.


A nossa meta comum não é o poder pelo poder e muito menos alcançar riquezas materiais ou privilégios. A nossa meta comum é a construção da democracia angolana, é e afirmação do Estado social de direito para servir Angola, é a elevação da cidadania, é o desenvolvimento de uma nova cultura política que nos ensine que governar significa apenas servir Angola e os angolanos.


Se formos capazes de construir a unidade no seio do Partido, também seremos capazes de contribuir para a construção da unidade nacional. Se não formos capazes de escutar o outro e manter coeso o bloco UNITA, como conseguimos ao longo do caminho que nos trouxe até cá, também não seremos capazes de contribuir positivamente para a construção da unidade nacional.

Angola nos espera. Este é o momento que todos os angolanos buscam a mudança. Este é o momento de darmos um grande salto para o desenvolvimento e a modernidade. Já não podemos falhar. Angola não pode voltar a falhar! E temos tudo para não falhar! Já temos o nosso Planeamento estratégico. Já temos o Programa de Governo. Temos o Povo. E temos a nossa lâmpada que……não se apaga.


Caros compatriotas: Agora, tudo o que gostaria fazer, é desejar a todos entrega, dedicação, lucidez e discernimento, para renovarmos o nosso compromisso com o nosso glorioso partido, com o nosso heroico Povo e com o nosso lindo e maravilhoso País. Bom trabalho e bons êxitos.

JUNTOS PODEMOS.

UNIDOS VENCEREMOS.

VIVA A UNITA VIVA ANGOLA

Muito obrigado.


Luanda, 2 de Dezembro de 2021