Luanda – Morreu, aos 54 anos de idade, vítima de doença, na madrugada de sábado, 04, no Hospital Provincial do Huambo, o jornalista Isaías Armando Ferramenta, soube o Imparcial Press junto de uma fonte familiar. O malogrado deixou viúva e cinco filhos.

Fonte: Imparcial Press

Segundo a fonte deste portal, o jornalista começou a sentir-se mal na tarde do dia 01 de Dezembro, em casa, e prontamente comunicou a sua esposa. No dia seguinte (02/12), acompanhado da esposa, deu a entrada no Hospital Provincial do Huambo, a queixar-se de pressão arterial que auxiliava entre 180 a 230.

 

Nesta instituição de saúde, após ter feito as devidas consultas e exames, lhe foi diagnosticado – além de pressão arterial – problemas renais e respiratórias.

 

“Os médicos disseram à família que ele estava a ter dificuldades em respirar e os seus rins não funcionavam devidamente”, revelou a fonte familiar que acompanhou de perto os últimos dias do jornalista Armando Ferramenta que foi um dos assessores, até em Janeiro de 2021, do então administrador do Menongue, Júlio Vidigal.

 

Já no dia 03, o jornalista ficou vetado de receber visitas familiares devido ao estado crítico que apresentava. Nem a esposa conseguiu o ver pela última vez em vida. Na madrugada do fatídico dia, os seus familiares foram simplesmente informados da sua triste partida para outra dimensão.

 

De recordar que Armando Ferramenta foi – até em Julho de 2012 – responsável da "Rádio Despertar" (onde ostentava o cargo de editor-chefe) e jornal "Terra Angola" (director-adjunto). Teve, igualmente, passagens em alguns semanários da capital do país, com o destaque o extinto jornal “Agora”, de Aguiar dos Santos.

 

A 28 de Julho de 2012, fruto das inúmeras injustiças que vinha a sofrer junto da direcção da UNITA, o jornalista Armando Ferramenta, influenciado pelo seu amigo de trincheira, Júlio Vidigal, e apoiado pelo falecido jornalista Lutock Matokisa - que inclusive lhe emprestou o fato que ele usou na conferência de imprensa - abandonou o partido do "Galo Negro", na altura sob a presidência de Isaías Samakuva, para apoiar o MPLA.

 

Armando Ferramenta serviu a UNITA durante 38 anos, ou seja, viveu toda a sua vida naquele partido, 23 dos quais como jornalista na Rádio Vorgan, no jornal Terra Angolana e na Rádio Despertar. Também foi major das extintas FALA, braço armado da UNITA.

 

Na altura, Armando Ferramenta justificou que “estava do lado errado” e que os motivos que o levaram a aderir à organização, desapareceram. “A UNITA e as suas estruturas deixaram de ser solidárias”. E concluiu que “o tempo das ideologias partidárias acabou”.