Luanda - Desde a sua chegada à Benguela que Adriano Sapiñala vem tirando sono as autoridades da antiga cidade de Ombaka a capital da província com o mesmo nome. A sua recepção, no dia 16 de Fevereiro de 2021 congregou milhares de partidários. Os níveis de popularidade da UNITA em Benguela, subiram com a visita do Presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, que mobilizou uma massa humana jamais vistas nos anos que se seguiram à morte do Dr. Jonas Malheiro Savimbi.
Essas proezas políticas atribuídas a forma expedita de Adriano Sapiñala fazer política, têm incomodado os meios castrenses preocupados com a fuga de apoios tidos como tradicionais do MPLA para a UNITA.

Fonte: Club-k.net


Foi em decorrência dessa situação que no último sábado 11 de Dezembro de 2021, as forças policiais ensaiaram uma nova forma de actuação para inviabilizar o crescimento da UNITA em Benguela e, sobretudo intimidar os cidadãos.


A essa estratégia está ligada a aparição daquele aparato policial que foi exposto no largo comandante Kassanje, que incluía arame, farpado, polícia montada, polícia canina, SIC e, etc.

 

O recurso a artefactos mortíferos foi inevitável para que a estratégia de intimidação funcionasse. Assim, foi morto o cidadão Eugénio Pessela, natural de Chinguar-Bié, que cumpria o seu dever de cidadania, juntando-se a marcha pacífica que visou saudar a reeleição de Adalberto Costa Júnior.
Tudo estava ensaiado.

 

Como era de esperar, a morte de Eugénio Pessela pela polícia gerou onda de indignação na sociedade benguelense e na opinião pública em geral, colocando uma vez mais em evidência o carácter autoritário do regime no poder, em especial do seu titular, João Manuel Gonçalves Lourenço, que se apresentou, no princípio do mandato com uma imagem de reformador dissimulado. Em tão pouco tempo do seu consulado, JLO tem provado ser pior que o seu antecessor José Eduardo dos Santos.

Em face da onda de indignação da sociedade e da reprovação da actuação das forças de segurança e do regime no seu todo, os sectores castrenses querem explorar a situação a seu favor.

 

Estão a ensaiar formas de incriminar a UNITA cujo militante foi morto, no dia 11 de Dezembro durante a manifestação pacífica, atribuindo a esta, actos urdidos pelos serviços secretos.

O Adriano Sapiñala é o visado. Querem acusar-lhe como autor moral de crimes, com o objectivo de travar o seu ímpeto em Benguela, salvar a imagem da polícia e do MPLA completamente manchada pela barbaridade dos efectivos policiais no passado sábado. Neste momento a máquina de diabolização da UNITA está montada.
Vão divulgar na TPA e noutros meios de comunicação social tutelados pelo governo, imagens de homens mortos, no dia 15 de Dezembro de 2021, um dos quais por carbonização, durante uma acção levada a cabo por um grupo bem pago de elementos da JMPLA, polícia nacional e SINSE, no bairro 23 de Março. Nesse dia 15 de Dezembro de 2021, no bairro acima citado, o grupo em causa, constituído por elementos da JMPLA, polícia e SINSE cometeram muitas barbaridades e fizeram-se passar por elementos de UNITA que se vingavam da morte do militante morto no dia 11 de Dezembro, durante a manifestação. Isto é invenção dos serviços secretos com vista a denegrir a imagem da UNITA em Benguela. A TPA, segundo informações abalisadas, vai apresentar as imagens dos cidadãos violentados pelo grupo de JMPLA, policia e SINSE, nomeadamente Joaquim Moisés, 67 anos, segurança do comité do MPLA, Elsa Anastácia Alfredo, 22 anos, Eva Meneses Armando, 32 anos e Carlos Almeida Kessongo, 42 anos, comerciante.


De salientar que na sequencia dos acontecimentos de dia 11 de Dezembro, a UNITA na pessoa do seu secretário provincial Adriano Sapiñala esteve na segunda-feira reunido com o Comando Provincial da Polícia, em cuja reunião estiveram presentes todos os sectores das forças de defesa e segurança.


Adriano Sapiñala transmitiu ao comandante provincial da polícia e aos seus colaboradores mais directos a mensagem da UNITA, apontou os erros cometidos pela corporação e reiterou a sua disponibilidade ao diálogo construtivo com vista a salvaguarda da estabilidade política na província.


Logo, não faz sentido atribuir à UNITA e a Sapiñala qualquer acto de retaliação e vingança do seu militante morto. Na reunião havida, a polícia assumiu a culpa do que ocorreu e prontificou-se a custear as despesas do funeral do malogrado.


Pelo que essa encenação mal preparada vai só piorar a imagem do regime, parecendo insensível ao sofrimento do povo.


Tudo indica que vai-se expor ao ridículo de apresentar a peça teatral o comandante municipal da PNA, que responde pelo nome de Cachota que já ensaiou a referida peça na presença de seus colegas mais directos para não se engasgar no acto da apresentação. A peça teatral em causa tem o envolvimento directo do Comandante da polícia nacional, dos seus adjuntos, dos directores do SINSE e de investigação criminal.


Nomes como do Quim Brás e Hayamunha, ambos segundos comandantes da polícia nacional em Benguela são citados como os mais determinados a travar por todos os meios, até os ilícitos para travar o ímpeto do jovem deputado Adriano Sapiñala, na província de Benguela.