Luanda - Íntegra do discurso do Presidente da República, João Lourenço, proferido, esta sexta-feira, por ocasião das festividades do Natal.
Angolanas e Angolanos

Caros Compatriotas

Todos os anos por esta ocasião, as famílias angolanas comemoram o Natal e o Ano Novo com alegria e o desejo de ver nascer um novo ano que nos traga mais saúde, felicidade e prosperidade.

 

Nesta quadra festiva renovamos os mesmos votos, augurando um Feliz Natal e um Ano Novo próspero para todos os angolanos.

 

Após quase dois anos da pandemia da COVID-19, que atingiu com particular severidade todos os países do mundo, é para nós constrangedor constatar que o ano que agora termina, não é ainda o do regresso à normalidade.

 

A realidade dos factos no mundo, aponta para uma propagação muito rápida do vírus SARS COV-2 na sua mais recente variante, o que nos alerta para a necessidade de se encarar a situação com a seriedade que se impõe.

 

O aumento vertiginoso do número de casos nos últimos días, levou as autoridades angolanas a introduzir um conjunto de medidas preventivas, que se contarem com a colaboração dos cidadãos, podem nos garantir um início de ano sem grandes sobressaltos e fazer de 2022 o ano do tão almejado regresso à normalidade.

 

Para além das medidas restritivas e de biossegurança recomendadas pelas autoridades competentes, a vacinação em massa dos cidadãos continua a ser a medida mais eficaz na luta contra esta pandemia.

 

Angola dispõe de vacinas em quantidade suficiente e à disposição gratuita de todos os cidadãos residentes no nosso país.

 

Mais uma vez, apelamos aos cidadãos a comparecerem nos postos de vacinação para apanhar a vacina, e que tenham em conta que só está realmente protegido quem apanhar as duas tomas da vacina, dentro dos prazos que as autoridades sanitárias definiram.

 

Em dois anos, esta pandemia prejudicou a vida das pessoas, das famílias, das empresas e das economias mundiais independentemente da sua robustêz. Reduziu a produção e oferta de bens e de serviços, encareceu o preço do frete marítimo e estrangulou toda a cadeia logística do comércio mundial, aumentou o desemprego e consequentemente a pobreza e a fome.

 

Neste mundo globalizado, Angola também sente as consequências nefastas da pandemia. Por esta razão, e no intuito de minimizar o sofrimento das populações, para além do programa de transferências monetárias KWENDA, o Executivo angolano tomou outras medidas de alívio, nomeadamente fiscais para aliviar os preços de alguns produtos essenciais e de grande consumo, aumentando o poder de compra dos cidadãos menos favorecidos.

 

Em termos de crescimento económico, perspectivamos um bom ano de 2022, mas este prognóstico só será realizável se conseguirmos chegar ao mais próximo possível do normal, com níveis baixos de incidência do COVID-19, para que as empresas produzam os bens e serviços essenciais para o consumo e para exportar, garantindo assim a manutenção e a criação de novos postos de trabalho.

Caros Compatriotas
Nesta ocasião, permitam-me manifestar um gesto de solidariedade para com os doentes acamados, os internados em lares de acolhimento de crianças e da terceira idade, os sem abrigo, os cidadãos privados da sua liberdade, os aquartelados e todos aqueles não citados, que por diversas razões se vêm privados do convívio familiar.

 

Uma palavra de encorajamento e solidariedade para as populações do sul de Angola, do Cunene, do Namibe e da Huíla, vítimas directas das alterações climáticas cujas consequências são no caso concreto dessas províncias, a seca severa e continuada que ameaça a vida das pessoas e do gado.

 

Para todas as famílias angolanas, uma palavra de fé e esperança, por dias melhores.

 

Vacine-se para se proteger, para proteger aqueles que amamos, proteger o próximo, proteger a humanidade.

Feliz Natal

Um Próspero Ano Novo!