Luanda - O Grupo Parlamentar da UNITA constata com enorme preocupação o agravamento da crise económica e social no país, com o registo de mortes por fome, elevados índices de miséria extrema, desnutrição, criminalidade, prostituição e violência doméstica, resultantes do fracasso das políticas públicas que têm obrigado os cidadãos, individual e colectivamente, a protestarem.

Fonte: UNITA

O Grupo Parlamentar da UNITA nota com acrescida preocupação a insensibilidade do Executivo em dialogar com representantes legítimos de distintas classes de trabalhadores e a incapacidade de implementação de medidas de políticas com impacto directo na vida do cidadão, das famílias e das empresas, o que tem gerado o crescente movimento grevista atingindo os médicos, enfermeiros, professores universitários, oficiais de Justiça, trabalhadores da EPAL, ENDE e o mais recente dos taxistas, estes últimos cuja paralisação gerou na manhã desta segunda-feira, 10 de Janeiro, actos de violência nalgumas artérias da cidade de Luanda.


O Grupo Parlamentar da UNITA condena veementemente estes actos de violência que em nada ajudam a resolver as reivindicações em curso e apela para que se corrija a postura de indiferença dos gestores das instituições, cuja morosidade nas respostas tem levado à saturação dos afectados o que agrava a sua condição social e consequentemente a estabilidade sócio-económica do país.


Numa altura em que o País se prepara para celebrar 20 anos do calar das armas e espera realizar as quintas eleições gerais, é urgente que se resolvam pela via do diálogo construtivo e abrangente os problemas básicos que afligem os cidadãos e que condicionam a paz social e a paz política.


O Grupo Parlamentar da UNITA insta as entidades que tutelam os sectores hoje em greve a abrirem-se ao diálogo e a concertação, única via capaz de ajudar a resolver as preocupações das classes socioprofissionais.


A presente crise social vem mais uma vez provar que as prioridades do Governo e as opções políticas expressas no OGE-2022 estão equivocadas e distantes dos principais desígnios nacionais.


Luanda, 10 de Janeiro de 2022
O Grupo Parlamentar da UNITA