Luanda - O que alguns não sabem é que Ruanda é a porta de entrada e saída da pilhagem dos excessivos recursos minerais da RDC. Boa parte da interminável instabilidade da vizinha nação de Mobutu, tem as impressões digitais de Kagame.

Fonte: Club-k.net

O Exército Patriótico Ruandês (EPR) e militares do Uganda ocupam militarmente parte do território da RDC. O Coltan (columbita e tantalita) é actualmente o minério mais cobiçado mundialmente pelas indústrias de tecnologia. 80% das reservas mundiais encontram-se na República Democrática do Congo. Conforme dados da ONU, empresas internacionais de comércio de minérios importam coltan da RDC via Ruanda, alimentando o mercado negro. O Exército Patriótico Ruandês montou uma estrutura ad hoc para fiscalizar actividade extrativa, de modo a facilitar contactos com os clientes ocidentais. O Exército ruandês transporta as grandes quantidades de minerais até Kigali, capital do país, para o seu tratamento nas instalações de Somirwa (sociedade mineira do Ruanda), antes de ser exportado no mercado internacional.

 

Ruanda e Uganda fazem do Congo uma selva de exploração criminosa dos seus recursos econômicos. Alimentam o conflito que tem causado várias vítimas mortais. Como disse Jean Bertin “a maldição do Congo está na sua riqueza”. Para esses cobaias da rapinagem do ocidente, estão pouco interessado na pacificação da RDC e na segurança da região.


O desenvolvimento econômico que Ruanda regista, atira milhares de congoleses para as tumbas. É um progresso bandido e sanguinário, apadrinhado pelas multinacionais sedentas dos recursos naturais do Congo.

 

Paulo Kagame é um líder com nervos ditatoriais de aço. Engana-se quem pensa que o dirigente se tornou ditador quando chegou à chefia do Estado. Após o genocídio e a vitória de Kagame na guerra civil de 1994, o então vice-presidente de Pasteur Bizimund, já tinha poderes ilimitados no Ruanda. Em 2015 alterou a carta magna da república, um arranjo constitucional que o torna imóvel na chefia do Estado até 2034.

 

Kagame, dirige seu povo como um criador de coelhos. Dá à cenoura e atrás, controla-os com a vara. Ruanda tem o clichê de ditadura benevolente.

 

Qualquer exercício de comparação de Ruanda com Angola, é um mero exercício dos curandeiros.

Por: Benjamim Dunda