Lisboa - Estão a ser atribuídas ao regime angolano o incentivo da constituição de uma vasta coligação partidária destinada a fazer frente a “Frente Patriótica Unida”, nas próximas eleições gerais em Angola. A estratégia é apresentada como plano alternativo, caso o Tribunal Constitucional valide o XIII congresso da UNITA que elegeu Adalberto Costa Júnior como Presidente.
Fonte: Club-k.net
PLANO B: CASO TRIBUNAL VALIDE CONGRESSO DO “GALO NEGRO”
De acordo com apurações, a coligação encorajada pelo regime, terá a designação de “Ampla Frente Patriótica”. A mesma será liderada por Quintino António Moreira, o actual líder da Aliança Patriótica Nacional (APN).
Segundo fontes do Club-K, o plano inicialmente estudado era de que a coligação pudesse se chamar “Angola Unida”, congregando antigos partidos políticos extintos que existiram desde 1992. Há poucas semanas, os mentores do projecto optaram pela designação final de “Ampla Frente Patriótica”, um nome capaz de fazer-se confundir com a “Frente Patriótica Unida”, constituída pela UNITA, Bloco Democrático e a comissão instaladora do PRA-JÁ Servir Angola.
A “Ampla Frente Unida”, prevê igualmente aglutinar mais de 22 comissões instaladoras que não passaram pelo crivo do Tribunal Constitucional nos últimos anos, e de outras que possam ser chumbadas pelas autoridades judiciais.
Os mentores da AFU preveem igualmente formular um convite a comissão instaladora do partido ESPERANÇA, apesar de o líder desta formação Mfuka Muzemba, ter declarado posição de distanciamento das coligações como rematou a dias, em entrevista ao semanário Novo Jornal “Nós não queremos, enquanto Esperança, ingressar no exército de comissões instaladoras ou partidos contestatários contra o Tribunal Constitucional.”
O anuncio do lançamento do projecto “Ampla Frente Unida”, poderá ser feito no próximo dia 23 de Abril, para coincidir com a data da realização do 1º Congresso ordinário da APN que tem Quintino António Moreira como candidato único. O congresso estava incialmente previsto para este mês de março mas questões de ordem financeira terão contribuído para o seu atrasado.
O projeto “Ampla Frente Unida”, estava para ser proclamado neste mês de março. Os ligeiros atrasos que se registaram são atribuídos a vicissitudes de agendamento do Secretario Geral do MPLA, Paulo Pombolo, que há mais de duas semanas não recebe Quintino António Moreira, o coordenador da futura coligação que irá contrapor a FPU de Adalberto Costa Júnior.
Tiago Rufino Soares Miguel, o porta-voz do congresso da APN, foi citado algumas semanas pelo “Correio da Kianda”, dando garantias de que dificuldades financeiras que ameaçava a realização do evento, já foi ultrapassada assegurando que no mês de Abril o conclave será uma realidade, por meio de contribuição, quotização e apoio dos militantes.