Lisboa – João de Almeida Azevedo Martins “Jú” , o dirigente que no último congresso do MPLA regressou ao cargo de secretário para os Assuntos Políticos e Eleitorais, procedeu na quinta-feira passada (31 de março), uma chamada “aula de sapiência” ao seus colegas de partido explicando as motivações porque não se deveria enveredar pelo combate a Igreja Católica e a Adalberto Costa Júnior, conforme se tem verificado.

Fonte: Club-k.net

Martins que falava num seminário de metodologia promovido pelo Comitê Provincial do partido de Luanda, explicou sobre a alegada luta desigual que se observa entre MPLA e a Igreja Católica. Segundo as suas explicações, a Igreja Católica realiza homilia todos os dias, já o MPLA realiza atividade de massas aos sábado, uma comparação para tentar explicar que a congregação liderada por Papa Francisco tem mais acesso em passar a sua mensagem aos crentes comparando ao tempo do seu partido para com os militantes.

 

Frisou também que a Igreja Católica esta em todo mundo, quanto que o MPLA, esta apenas em Angola. Explicou igualmente que o ordenamento da Igreja é a bíblia e que esta, se conecta com os crentes numa dimensão espiritual comparado ao partido cuja ligação é ideológica. Lembrou que diferente aos partidos, a Igreja Católica não faz marketing político, e que um ataque a Igreja Católica afecta também o militante do MPLA que é crente desta confissão religiosa.

 

Recordou da forte liderança desta congregação dizendo que não há crente católico que diz que o Papa não presta, uma visão que procurou transmitir que nesta religião a mensagem do líder é acolhida por unanimidade, visto que a sua fé é de dimensão espiritual.

 

Quanto a Adalberto Costa Junior, Presidente da UNITA, o responsável do MPLA, lembrou que Adalberto viveu no Vaticano, os bispos católicos o conhecem e é como se fosse filho “não biológico” do Arcebispo emérito, Dom Francisco Viti. Explicou ainda que um ataque a Adalberto, pode alcançar as lideranças Católicas fazendo com que estes saiam em sua defesa.

 

O referido seminário acontece na mesma semana que o Tribunal Constitucional validou o congresso da UNITA, e um dia antes do Presidente da República, João Lourenço ter recebido Adalberto Costa Júnior para um dialogo no palácio Presidencial.