Luanda - A Comissão Política do Bloco Democrático saúda o povo angolano, pelo brilhante momento por que passa e em que pode e deve exprimir a sua soberania.

Fonte: BD

A Comissão Política do Bloco Democrático comunica à opinião pública nacional e internacional que, em função dos entendimentos com outras forças políticas nacionais para a alternância do poder, o Bloco Democratico não vai concorrer com sigla própria, nem coligada, nas presentes eleições gerais.


Num tremendo esforço patriótico de concentração de votos para a alternância, pela conquista da maioria de Deputados à Assembleia Nacional, que impulsione os debates sobre as leis e matérias que correspondam a vontade da maioria do povo, para mudar o regime ditatorial que dura há 47 anos e instaurar um verdadeiro Estado Democrático de Direito, alguns membros do Bloco Democrático integrarão a lista da UNITA que resultou do espírito da FPU (Frente Patriótica Unida). Assim, alvitra-se conseguir a mais ampla conjugação de vontades quer para a Verdade Eleitoral, quer para edificação de uma plataforma de construção da Democracia no país, no limite das relações inter-partidárias existentes.

 

Nesse sentido da conjugação patriótica de esforços, os 12 membros do Bloco Democrático que integram as listas da UNITA, encabeçados pelo seu Vice-Presidente, Dr. Justino Pinto de Andrade, suspenderam, em conformidade com a lei, a sua militância no Partido.


No entanto, o Presidente do Partido, Filomeno Vieira Lopes, e o Secretário Geral, Muata Sebastião, por decisão aceite no Conselho Nacional e para o contínuo funcionamento normal das estruturas não farão parte da lista mantendo o Bloco Democrático a orientação política saída da sua IVª Convenção Nacional e que assegura o cumprimento dos acordos para a alternância do poder.

Em consequência deste formato de participação na lista da UNITA, o Bloco Democrático, na próxima legislatura, deixará ser formalmente um partido com assento parlamentar. Contudo, os Deputados independentes, indicados pelo BD, saberão, trabalhando com os cidadãos, manter a linha do Partido expressa nos acordos para a Reforma do Estado, da alteração da Constituição e das leis antidemocráticas e da defesa sagrada das causas e lutas sociais.


O Bloco Democrático espera que todas as forças envolvidas e respectivos membros, incluindo a sociedade civil, entendam com integridade a profundidade do interesse nacional em jogo nestas eleições de 2022, contra os interesses partidários e de grupo e que, no conjunto, saibamos tomar decisões com espírito nacional para indiciar no eleitoral a esperança de que UNIDOS vamos vencer para viabilizar Angola e realizar os Angolanos.

Fica, assim, patente que para o Bloco a Alternância Política é o caminho para as reais mudanças que se esperam para o nosso país sendo o espírito que move a plataforma FPU.


O Bloco Democrático conclama o seu vasto eleitorado a apoiar a perspectiva do Partido que visa preservar o espírito de reconciliação nacional e a coragem de encarar a mudança como factor positivo para o desenvolvimento do país, indo de encontro ao desejo de mudança da maioria mais vulnerável, explorada e oprimida do povo angolano.

LIBERDADE, MODERNIDADE, CIDADANIA.

Luanda, 22 de Junho de 2022.
A COMISSÃO POLÍTICA