Luanda - Os que acompanham ao longe e/ou de perto o articulista Ismael Mateus, percebem de imediato que sim, o jornalista ignora com invulgar desfaçatez, as realidades prementes que as constantes turbulências criadas pelo líder do seu partido têm deixado o país cheio de mazelas gravosas no tecido da nossa expressiva angolanidade, inclusive quando nas vestes de presidente da república.

Fonte: Club-k.net

Permitam-me aqui usar pacificamente o eufemismo putativo, encontrado no jornalismo clichés inaceitáveis de Ismael Mateus. Não é aceitável nem permissível que a pena serviçal do regime, queira tanto dar aulas de democracia eleitoral a UNITA/FPU, e lições de moral publica comportamental, aos eleitores que votaram na alternância do poder político.


Aprendi que quando não temos nada de bom para falar de alguém, O melhor é não falar nada. Que me desculpem desde já, a excessiva carga pleonástica da linguagem utilizada nas palavras que se seguem, porém, tratando-se do jornalista em causa, é preciso que o mesmo deixe de navegar no seu mui presente transtorno delirante.


O escriba deveria não atentar tanto assim contra a sabedoria popular, sobretudo, quando se referisse obviamente a UNITA/FPU, seus militantes, amigos e simpatizantes. Se conselho se vendesse, aconselharia o jornalista a descer rapidamente do pedestal em que se encontra, e de imediato pediria humildemente que calçasse as sandálias da humildade. Desculpem o trocadilho, mas seria de bom tom, que o Ismael conselheiro cede-se o lugar ao Mateus aconselhado.


Por outro lado, seria óptimo que o altruísmo sintomático corresse nas veias do garboso jornalista, mesmo porque na vida público-social existem dois grupos de pessoas exageradamente ansiosos, que são os políticos e jornalistas, daí o pretenso aconselhamento.

Ainda sobre os jornalistas, parece uma praga ouvi-los ou lê-los, mas atinentes a versão do jornalismo hipócrita e medível desenvolvido, pelas penas arregimentadas pelo poder, como Rafael Marques de Morais, pessoa que desfila ignorância política e excessiva vaidade, decidiu mostrar todo fel que transporta consigo.


Abriu o seu pensamento comprometido com o poder e afirmou a boca cheia, que as eleições autárquicas não são importantes porque não é uma necessidade premente, segundo ele, as eleições autárquicas em nada ajudariam o país a sair da crise econômica que o país se encontra.

Essa afirmação além de absurdas é uma afirmação vadia e irresponsável. Afinal o Rafael Marques, finge pensar Angola, mas na realidade, ele é apenso a ideia hegemônica de manter permanente o MPLA no poder em toda extensão do país! Isso é incorrer contra a vontade geral do soberano, que deseja ver o país, revestido de outras cores no seio do poder municipalizado.


Não se trata aqui de vinganças, nem de nenhum delirante arroubo das oposições e da sociedade civil, que clama anos a fio por eleições autárquicas, mas sim, trata-se de uma clara necessidade de recriar o ordenamento político administrativo para que existe inovação na administração do poder local.


Por outro lado, nota-se um certo estrabismo emergente no pensamento idealizado pelo Rafael Marques, que certamente será abordado numa outra oportunidade e em outro texto.


Do conselheiro repetente da república, até os dias de hoje, nunca se ouviu dele qualquer aconselhamento relevante oferecido ao presidente da república João Lourenço, pessoa que conduz desastradamente o destino de Angola e dos angolanos.


Dentre outros dizeres, falasse a boca cheia na capital do país, que o conselheiro tem representado apenas o indefensável atraso execrável do politicamente correto nas sucessivas administrações autoritárias do MPLA.


Ismael Mateus, além de representar a mediocridade da classe, também possui um inflamado ego injurioso, uma mente aduladora, que o debilita intelectualmente ao ponto de não lhe permitir observar com exatidão, a nudez do patrimônio político-social deteriorado, que o partido/estado deixou como herança para os angolanos.


Fica claro, que o também funcionário da ENDIAMA, não percebeu, ou não quer entender, que o MPLA e o estado por ele aparelhado, são indisfarçavelmente as duas faces de uma mesma moeda. Ou é isso é mentira?


Ao contrário do que afirma o articulista no seu artigo, é impossível, senão mesmo inviável fazer oposição ao MPLA, sem, contudo, lutar igualmente contra as enfraquecidas instituições do estado, completamente partidarizadas e controladas pelo MPLA.


Isso porque o partido de regime insiste manter no topo da república, um homem aparentemente forte e poderoso, a manter instituições rigorosamente fortes, e que sejam audazes na defesa da rés-pública, da lei e dos interesses do soberano.


Quanto ao desejo de ter na UNITA, uma oposição dócil segundo a vontade requerido pelo jornalista do sistema, sabe-se que esse seria de todo, o sonho que o partido de regime e dono do establishment governativo. Debalde, porque esse tipo de oposição não colhe.


De resto, qualquer que seja o partido que receba aulas de Ismael Mateus, sobre acautelamento oposicionista, esse partido seria eventualmente uma agremiação política decadente e proscrita.


Não é fácil ser franco adulador do sistema, mas, daí, tentar viabilizar uma mentira como verdade, é no mínimo tentar encenar uma peça teatral dantesca. Não se pôde confundir a vontade do eleitor com a vontade decisória de quem conta e divulgo os dados eleitorais!


Os angolanos em geral, sabem que, a verdade eleitoral não mora nas hostes do Kremlin (leia-se sede do MPLA), a verdade da vitória do MPLA e/ou a eventual derrota da UNITA, não advém da vontade de um dos mais afincados funcionários e defensor acérrimo do MPLA, como Ismael Mateus.


A verdade eleitoral está espelhada nas actas sínteses em posse da CNE, MPLA, UNITA, demais partidos políticos concorrentes, associações cívicas e ONGs, como também se encontram no tribunal constitucional.


Ismael Mateus, sabe bem que é impossível a UNITA ou qualquer outro partido na oposição enfrentar juridicamente qualquer instituição do estado, sobretudo quando o paciente o MPLA, todas instituições do estado estão controladas até a medula pelo MPLA.


A oposição tem sim cometido alguns erros, mas o pior de todos os erros, é o Ismael Mateus tentar vender a sua banha da cobra, que responsou a UNITA de ter fracassado no último pleito eleitoral de 24/08/2022.

Aonde o conselheiro presidencial comprou a ideia que tenta vender ao público angolano, que a situação eleitoral estava favorável para a UNITA ganhar as eleições? Isso é deselegante, uma autentica infâmia.


A UNITA/FPU tiveram que lutar dura e arduamente contra a poderosa máquina propagandista do MPLA, também enfrentaram a falta de dinheiro e dos meios rolantes escassos. Enfrentaram a ausência dos meios de comunicação na cobertura dos seus eventos políticos e contra as secretas que foram de todo adversas senão mesmo subversivas.

Quantos autocarros e aviões a UNITA usou em benefício próprio? Quantos biliões de dólares gastos em publicidade a UNITA gastou na sua empobrecida campanha eleitoral?


O conselheiro sabe por acaso, quantos anéis de ouro incrustados de diamantes a UNITA ofereceu aos venerandos Juízes conselheiros do TC? Nenhum. Quantos 100 milhões de Cuanza a UNITA ofereceu aos venerandos Juízes do MPLA lotados no tribunal constitucional? Zero.
O MPLA não conhece a palavra respeito, e o jornalista segue pelo mesmo diapasão. O MPLA não tem espaço nem crédito para evocar superioridade numérica eleitoral, sobre o seu mais direto adversário a UNITA de Adalberto Costa Júnior.


Menos ainda deveria arrogar-se evocar falsas vitórias e acusar maliciosamente a UNITA de ser um partido subversivo, como afirmou o amalucado bureau político na sua declaração política, como se ainda vivêssemos na era da guerra fria.


Seria muito bem-vinda, qualquer sinalização do regime, com a finalidade de promover um diálogo sincero, franco e abrangente com as oposições e com sociedade civil.


Faz sentido e é necessário impedir que o partido-estado continue a enfraquecer as instituições do estado e os demais poderes da república.


Não é salutar ver os interesses da república serem secundarizados e relegados para terceiro plano, não faz bem ao país o enfraquecer de forma deprimente a CNE e o tribunal constitucional. Não foi agradável para o país, colocar um membro do bureau político do MPLA na presidência do tribunal constitucional. Maliciosamente o governo do MPLA contratou a espanhola INDRA, o Sinfric, violou a lei ao não retirar, os quase três milhões de mortos dos ficheiros, não publicar os cadernos eleitorais nem auditou os ficheiros.


O mesmo MPLA instrumentaliza até o momento as FAA e a polícia nacional, usando-as para perseguir os adversários, utiliza as secretas a seu bel prazer para implodir os partidos da oposição, em especial a UNITA. Ou é Mentira?


Pôde-se assim afirmar sem medo de errar, que não foi a UNITA que se negou a rever as actas síntese para clarificar os resultados eleitorais obtidos por cada partido.