Luanda - O director do Serviço de Investigação Criminal de Luanda (SIC), comissário Fernando Manuel Bambi Receado (na foto), esta ser acusado de perseguir, com ameaças de morte, o empresário angolano Tazz Cambundo da Costa, contra o qual o comissário Receado emitiu um “Mandado de Detenção”, processo nº 14333/2022-DCCO, datado de 30 de Dezembro de 2022, acusando-o na “prática do crime de calúnia contra si, sem que, no entanto, tenha fundamentos ou provas para tal processo judicial, soube o “Imparcial Press”, junto de uma fonte que acompanha o processo.


Fonte: Imparcial Press

De acordo com a fonte denunciante ao Imparcial, Tazz Costa terá sido notificado sobre o seu próprio mandado de detenção, no dia 31 de Dezembro do ano em curso, quando este por volta das 15h chegou às instalações do SIC por meio de um telefonema por parte do comissário Fernando Receado, o mesmo que emitiu e assinou o mandado de detenção.

 

“Quando Tazz chegou nas instalações do SIC enviou uma mensagem ao director da referida instituição Receado a informar que já se encontrava no corredor do seu gabinete, conforme conversa mantida por telefone sem que este o tivesse informado sobre sua detenção”, explicou a fonte que preferiu manter o anonimato.

 

Ainda de acordo com a mesma fonte, ocorre que, para a sua surpresa, a partir do corredor para o gabinete do director do SIC, Tazz foi coagido e levado ao gabinete do director do Departamento de Combate ao Crime Organizado, tendo Receado ligado para o seu colega de serviço superintendente-chefe António da Silva Barros, baixando orientações nos seguintes termos, “trata dele”.

 

Por sua vez, após a confirmação da ordem superior, o superintendente-chefe terá conduzido Tazz Costa a uma outra sala onde, estranhamente, alega a fonte, terão surgido mais dois indivíduos que puseram sobre a mesa onde Tazz era interrogado, duas armas de tipo pistola colocando o infeliz sob fores intimidações.

 

“Tazz foi fortemente ameaçado de morte numa sala fechada por indivíduos estranhos altamente armados em pleno sábado, sem qualquer culpa formalizada. Os indivíduos diziam ao Tazz que só estavam à espera da confirmação do boss Receado para darem o devido tratamento do caso, sem saber que tipo de tratamento se pretendia com ele”, disse a fonte.

 

Temendo pela sua vida, após escapar da situação caótica em que se encontrava encarcerado, o também empresário, Tazz Costa, apela às entidades de direito, às quais apresentou denúncias esta semana, como ao Vice-Procurador Geral da República/Procuradoria Militar, ao Ministro do Interior e ao Presidente da República, para que se faça justiça.

 

Este portal procurou manter contacto com o acusado com objectivo de contraditório, mas até a publicação desta edição não fomos bem sucedidos, pelo que vai continuar a trabalhar no processo para outros esclarecimentos.