Luanda – De acordo com testemunhas, a reunião na passada quinta-feira (19) do Conselho de Segurança Nacional, foi marcado pelo “antes e o depois” por registros que enfraquecem a imagem do exonerado Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas Angolanas, General de Exército, Egídio de Sousa Santos “Disciplina”.

Fonte: Club-k.net

Usava as forças armadas para defender reuniões do MPLA

De acordo com apurações, o general “Disciplina”, encontrava-se no Brasil quando recebeu uma ligação da cidade alta requisitando o seu regresso a Luanda, para tomar parte da reunião do Conselho de Segurança. A alta patente teria mostrado indisponibilidade invocado motivos de força maior (saúde) mas acabou cedendo depois de informado que o Presidente da República não aceitava a sua ausência.

 

Chegado ao país, o general participou na reunião e terá saído cabisbaixo pela apreciação e responsabilidades que lhe foram imputadas a volta dos seus quatro anos de mandato no comando das FAA. Alega-se ironicamente que quase que “chorou como uma criança” quando o Presidente da República o citou.

 

Apesar de a sua saída ter sido, por muito tempo dada como eminente e irreversível, há depoimentos revelando que nos últimos tempos, o general dava sinais de alguma fatiga física e cansaço. Entrava às 8h e quando saísse às 13h para ir almoçar já não regressava ao gabinete de trabalho. Os seus colegas interpretavam este procedimento como de alguém que estava convencido que já não lhe restavam muito para se manter no cargo.

 

Paralelamente, foram notadas movimentações lobistas para uma futura colocação do mesmo. Em meios do regime, há relatos de que o PR, teria desconsiderado uma interpelação da ala malanjina do regime (Generais Laborinho e Antônio “Patónio”) que visava influenciar a uma futura projeção de Egídio de Sousa Santos “Disciplina” como governador provincial de Malanje.


O seu mandato como CEMGFAA ficou marcado como aquele em que as forças armadas foram usadas em “prontidão combativa elevada” para defender congressos e  reuniões do Comitê Central do MPLA.

A constituição angolana, determina que as Forças Armadas são apartidárias, sendo que nela não existe artigo que orienta o exercito sair à rua para cuidar de eventos de partidos políticos.

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icos.