Luanda - O Instituto Médio de Saúde (IMS) do Sequele, no município de Cacuaco, em Luanda, acusam a direcção da instituição pública de ensino de estar a agir de má fé, ao não emitir os certificados dos alunos finalistas há mais de um ano, o que segundo os reclamantes, está a dificultar dar continuidade aos estudos no ensino superior.

Fonte: Club-K.net

Segundo apurou o Club-K, os alunos finalistas da também conhecida por “Escola Técnica de Saúde”, localizada no distrito urbano do Sequele, defenderam os trabalhos de fim de curso em Setembro de 2021, mas até ao momento, a instituição não dá nenhuma explicação que justifica o atraso de mais de um ano para a entrega dos respectivos certificados.

Devido a não emissão dos certificados, tal como disseram a este portal alguns encarregados de educação, muitos alunos perderam oportunidade de ingressar nas universidades públicas e privadas, incluindo bolsas de estudo internas e externas.

“Os alunos que conseguiram entrar na Universidade com declarações já correm sérios riscos de serem expulsos, pelo que os estudantes pedem ajuda para que se resolva o problema”, disse um dos empregados, para quem a direcção da escola nada informa e o tempo vai passando. “Há dúvidas se realmente a escola é legal ou não”, rematou.

A estudante Maria, foi aluna da referida escola e hoje é estudante da Universidade Metodista de Angola (UMA). Ela afirma que corre “riscos de ser expulsa da instituição", devido à falta do certificado no seu processo. Outros jovens lamentam não ter conseguido o ingresso ao ensino superior por causa da documentação.

O Club-K contactou a direcção do Instituto Médio de Saúde do Sequele, mas sem sucesso. Entretanto, o presidente do Movimento de Estudantes Angolanos (MEA), Francisco Teixeira, entende que “a situação dos estudantes da referida instituição de ensino “mostra com clareza o abandono que está voltado o ensino público”.

“Dizem que a escola não estava legalizada porque era sala anexa no IMIS da Maianga, como é possível uma escola pública não ser legalizada?”, questiona o responsável do MEA.

Para Francisco Teixeira, que lamenta o cenário, “os responsáveis da educação não estão preocupados com a situação”, pois segundo ele, “não se percebe o por que para tratar um certificado leva mais de um ano”, tendo sublinhado que, “o que existe na verdade é má fé das autoridades”.