Luanda - Ao terminar de ler na íntegra a entrevista de Paulo de Almeida (PA) concedida ao Novo Jornal, o Ex- comandante Geral da Polícia Nacional, a única conclusão a que cheguei: Paulo de Almeida é um ser humano desprezível. Esteve 47 anos dentro do sistema nunca se preocupou com o interesse coletivo conforme fez transparecer na sua entrevista, está mais preocupado consigo próprio por ter sido enxovalhado pelo mesmo partido (MPLA) que serviu durante anos de intolerâncias, roubos e exclusão social.

Fonte: Club-k.net

A insanidade é patente, um atestado psicotécnico mínimo já impediria esse tipo de gente de ocupar cargos públicos. Queria saber o que se passa na cabeça deste ser ao clamar por um emprego de entregador de cartas e mensageiros do João Lourenço. Com tanta gente que se encontra atirada ao desemprego não mereciam tal cargo, este homem que esteve 47 anos em funções públicas e hoje com reforma garantida, clama por mais um emprego!


Eles são perversos e são sim a favor do sofrimento do povo angolano. Paulo de Almeida se tivesse um pingo de juízo teria solicitado a entrevista para mostrar o seu arrependimento e pedir desculpas ao povo, não só por ter feito parte de um partido malicioso, mas por liderar os massacres de Kafunfu, com aval de Jlo, naquele triste 30 de Janeiro de 2021.


Não foi este homem que prometeu matar os angolanos utilizando a bazuca? A arrogância de Paulo de Almeida foi tanta por achar que a “justiça “ está/esteve do lado deles, é um casamento perfeito, ela é cúmplice e parceira, lhes permite fazer tudo contra este povo e nada lhes acontece.


Mas não percamos a fé, aqui em Angola até o comunismo deu errado e o autoritarismo vai dar errado para eles, é muita cobardia, é muito ego, cedo ou tarde vão se engolir com a força do povo.


Senhor Paulo de Almeida, você é igual a Eugénio Laborinho e João Lourenço, todos vocês não são “pessoas de boa fé”, são uma vergonha para os angolanos. Como acreditar num homem que mandou bater manifestantes? Como levar à sério uma pessoa que mandou matar Inocêncio de Matos e dezenas de cidadãos em Kafunfu? Como considerar reclamações de um tipo que ameaçou partidos políticos da oposição para defender o mesmo sistema que hoje o mandou para casa de forma humilhante?


Senhor, poupe-nos da sua terrível incapacidade cognitiva, pois, não temos a mesma desinteligência de que ostenta. Nem mesmo uma criança de 12 anos responderia conforme respondeu ao jornalista…
O ex-comandante geral da Polícia Nacional, hoje reconhece que os cidadãos filiados na UNITA e FNLA, são todos angolanos e irmãos da mesma pátria? Quando mandavam matar e bater os que não são do seu partido, não tinhas consciência disto?


O senhor fala de interferências política na gestão da P.N e tal. O senhor Sabe há quantos anos o seu partido vem interferindo nas nossas vidas? Tem noção o quanto é duro ver interferências políticas do seu partido em nossas liberdades e direitos fundamentais? Só quero que saibas o seguinte: é pouco o que estás a passar, falta mais!


Senhor Paulo de Almeida, senti mais nojo de si quando disseste que a economia deve se abrir um pouco mais para você e seus parceiros do partido, ao invés do povo. Você é uma inesquecível vergonha deste país.


Eu que venho de uma família sem religião não consigo entender essa mistura de amor e ódio, mas o senhor que é filho de um Reverendo, tem mais ódio de quem pensa diferente do que nós.


A história também lembrará da sua perversidade e iniquidade enquanto sinistra que carrega mãos de sangue dos filhos do Leste de Angola que vocês mataram inocentemente. Não nos esquecemos daquele massacre de Kafunfu, seja qual for o tempo pagarão pelo que fizeram.


Lamentavelmente, faltou alguma ousadia do jornalista que o entrevistou na medida em que havia mais questões factuais por se lhe colocar. O senhor entrevistado usou o espaço para autopromoção e justificação dos actos praticados durante o seu consulado na vã tentativa de colher simpatia e solidariedade duma sociedade que o rotula como arrogante e embusteiro.


Em conversa com um amigo jornalista, ele disse que “Paulo de Almeida parou no tempo ao usar aqueles discursos contra-revolucionários atribuído ao pessoal do Nito Alves, nos anos 70”, para justificar a sua fidelidade canina ao grupo que desgoverna o país.


A narrativa de Paulo de Almeida não trouxe nada de extraordinário que pudesse descredibilizar o regime, o sistema está manchado há mais de 46 anos de poder. Se tivesse dito como o regime os manda matar adversários políticos e perseguir activistas, a operação da fraude eleitoral e os métodos usados para roubar os fundos públicos e facilidade com que permitem a entrada da droga no país, talvez teria contribuído com alguma coisa útil. Agora, gritar apenas pelos benefícios pessoais, é o cúmulo da vergonha desse homem.


Para finalizar, o senhor PA deve saber que o país não esqueceu-se duma vírgula sequer de todas suas ameaças, linguagem belicista contra angolanos de bem assim como todas as vidas que vocês interromperam com recursos à violência gratuita contra pacatos cidadãos indefesos ao longo de muitos anos.

Dito Dalí
5.02.2023.