Lisboa – O Presidente da República João Manuel Gonçalves baixou instruções aos órgãos competentes do aparelho do Estado para procederem com apuramento da veracidade das denuncias que envolvem o nome do Presidente do Tribunal Supremo em praticas de corrução, peculato, e venda de sentenças.

Fonte: Club-k.net

PR manda investigar escândalo de corrupção no Supremo 

Até pouco tempo, João Lourenço mostrava resistência quando lhe chegavam relatos sobre actos de corrupção no Tribunal Supremo. A reviravolta aconteceu quando um antigo membro do governo, Augusto da Silva Tomas que saiu da prisão em Dezembro passado, revelou que a sua soltura estava a ser condicionada a exigência de pagamento por parte de intermediários do Presidente do Tribunal Supremo. Tomás deveria sair em Março.

 

Em meados de janeiro houve também o caso de um empresário tailandesa Raveeroj Ritchoteanan, do caso Burla Tailandesa, que mesmo ao beneficiar de um perdão presidencial perdão presidencial (amnistia), viu a sua soltura condicionada. Ritchoteanan estava a ser chantageado a pagar primeiro 40 mil dólares a um primo do Presidente do Tribunal Supremo, que era o seu advogado e que reclamava pagamentos dos honorários. O primo do juiz é Carlos Salombongo. Assessor de Joel Leonardo no CSMJ.

 

Face as denuncias, João Lourenço baixou instruções para o apuramento da verdade e que lhe apresentassem todas as provas.

 

O esquema de corrupção e trafico de sentença no gabinete do Presidente do Supremo envolve um sobrinho Silvano Manuel (já preso), Isidro Coutinho e Carlos Salombongo.

 

Preocupado com a imagem da justiça propicia a minar os seus esforços de capitação de investimento estrangeiro, o presidente João Lourenço tomou a decisão de convocar na tarde de sexta-feira (3), para o seu gabinete o Presidente do Supremo Joel Leonardo. O chefe de estado chamou também o  demissionário PGR Helder Pita Gros e ao chefe da Casa Militar Francisco Furtado para testemunharem a reunião onde apresentou a sua posição a Joel Leonardo que segundo fontes da cidade alta saiu da sala com o ar de alguém que apanhou bafos. Exausto que estava, Joel Leonardo telefonou ao primo assessor Carlos Salombongo na busca de uma solução para o descongestamento do problema.

 

João Lourenço deverá aguardar pelos resultados da investigação “o mais rápido possível” para poder decidir sobre  a honra e imagem da justiça angolana.

 

Pela constituição João Lourenço não tem competências para exonerar ou demitir Joel Leonardo que foi eleito pelos seus pares do Tribunal Supremo. Porém, pode convida-lo a pedir demissão para preservar a imagem do Estado, ou então mover influencia junto do CSMJ para que este órgão de gestão dos juízes vote pela destituição do seu Presidente.

 

“Ao manter Sr Joel Leonardo a frente do Tribunal Supremo, não há moral para o Presidente Joao Lourenco combater a corrupção em Angola”, como diz uma fonte que acompanha os escândalos de corrupção na magistratura angolana.