Toronto - Na América do norte, particularmente no Canadá, a mulher e o homem negros são motivos de celebração e exaltação durante todo o mês de Fevereiro. Destaca-se quase tudo: cultura, gastronomia, desporto, religião e ciência.


Fonte: Club-k.net

Neste contexto, as universidades, centros de pesquisas e outras instituições de ensino promovem a ciência produzidas por pesquisadores negros. É também neste âmbito que a Academia Militar do Canadá, sediada em Ontário, Kingston, convidou o pesquisador angolano, Domingos da Cruz (membro do Centro de Estudos Interdisciplinares sobre Sociedade e Cultura, da Universidade de Concordia) para conduzir a conferência “Vigilância Digital e o Regime Autoritário em Angola”.


O trabalho é resultante de um projecto regional de investigação conduzido através de uma parceria com a Universidade de Johannesburg, África do Sul.


Este evento estabeleceu uma relação entre os padrões de controlo e vigilância colonial e a Angola actual. Tendo concluído que o grupo que controla o poder na Angola de hoje reproduz as mesmas práticas coloniais. A única diferença é a sofisticação de meios disponíveis e empregues no presente.


Por outro lado, a pesquisa conclui também que o regime angolano não seria capaz de levar a cabo a vigilância digital tal como a aplica, se não contasse com suporte internacional da China através da ZTE e Huawei. Outros países como é o caso de Israel, Itália (sector privado), EUA através de cybermercenários, etc. suportam o regime autoritário angolano.


Em adição, outros pilares essenciais contribuem para a vigilância digital, como sejam o controlo tecnológico interno na relação com as empresas que prestam serviços no sector das telecomunicações, quadro legal forjado para controlo e manutenção do poder e o controlo quase absoluto dos recursos económicos e financeiros do país por parte do regime instalado.

 

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