Luanda - A Presidência da República atribuiu, nesta sexta-feira, 17, “responsabilidades únicas e exclusivas” ao secretário para os Assuntos Jurídicos e Judiciais do Presidente João Lourenço, pela falha na nomeação do ex-administrador do Caminho-de-Ferro de Luanda Rufino Manuel da Conceição Júnior, falecido em 2020, em consequência de complicações resultantes da Covid-19.

Fonte: ISTO É NOTÍCIA

“leva-se a conhecimento público que a divulgação, ontem, de um diploma com o nome de um antigo administrador do caminho-de-ferro de Luanda, já falecido, foi de única e exclusiva responsabilidade do secretário para os assuntos jurídicos e judiciais do presidente da república”, lê-se numa nota de imprensa, divulgada esta sexta-feira, pela Secretaria para os Assuntos de Comunicação Institucional e Imprensa do Presidente da República.

 

A fazer fé na nota da Presidência da República, Francisco João de Carvalho Neto, o secretário do Presidente da República para os Assuntos Jurídicos e Judiciais terá agora de arcar com as consequências por mais uma falha clamorosa.

 

O ex-administrador do Caminho-de-Ferro de Luanda esteve nomeado durante três horas, até a página oficial do Facebook da Presidência da República dar-lhe como ‘desnomeado’, sem, no entanto, em princípio explicar o que tinha acontecido.

 

A Presidência levou mais de 24 horas para explicar o que originou a nomeação de um quadro que faleceu em 2020, um facto que não é novo na história das ‘designações insólitas’. É, na verdade, a terceira nomeação de um morto, em seis anos de mandato de João Lourenço.

 

Na quinta-feira, o Presidente da República nomeou os membros do Conselho de Administração da Empresa do Caminho-de-Ferro de Luanda, E.P, indicando Manuel António Kanda Kanda, presidente do Conselho de Administração; Manuel João Lourenço, administrador para a Área Técnica; Luzia Vanessa Correia da Costa Cravid, administradora para a Área Financeira; e Daniel João Quipaxe, para o cargo de administrador não-executivo.