Luanda - A economia angolana continua em queda livre desde que João Lourenço assumiu o poder em setembro de 2017, fruto das eleições gerais de Agosto do mesmo ano, em que o MPLA venceu o pleito eleitoral, tendo como cabeça de lista João Manuel Gonçalves Lourenço, concluem os especialistas, por via de um esboço  que o Club-K teve acesso. 

Fonte: Club-K.net

Em 2017, a economia do país estava relativamente estável, com um câmbio fixado na ordem de 165.1 kwanzas por cada um (1) dólar norte-americano, e com um salário mínimo nacional dos trabalhadores da função pública de 16.503.30 kwanzas, equivalente a 100 USD.

 

Esse salário mínimo nacional se manteve durante o primeiro mandato de cinco anos, do Presidente João Lourenço, até 2021.

 

Entretanto, a 1 de fevereiro de 2022 o Titular do Poder Executivo, decidiu pela subida do salário mínimo nacional da função pública em Angola, de 16.503.30 kz, para 32,181.15 kz, na véspera das eleições gerais do mesmo ano, pois a estratégia enquadrou-se na altura na campanha eleitoral com vista a manutenção do poder vigente.

 

Especialistas ouvidos pelo Club-K assinalaram que, esta alteração, parecia que o Estado tivesse acrescido 50% do salário mínimo nacional, mas segundo eles, o que se passou foi apenas um jogo político para atrair votos do eleitorado.

 

Os especialistas entendem que a economia angolana está cada vez mais em falência, e apontam que, em 2022, a taxa de câmbio custava a cada 1 dólar americano equivalente a 525.5 kwanzas, o que significa que o salário mínimo nacional, no ano passado, deveria ser 52,500 kwanzas.

 

Hoje, o salário mínimo nacional está fixado acima de 32 mil kwanzas, o que implica que os trabalhadores perderam o poder de compra de 53% porque o câmbio está 74.8 por dólar norte americano.

Entre 2021 e 2022, o Governo angolano baixou os produtos da cesta básica, uma medida vista na altura como meramente eleitoralista, tendo em conta a disputa pelo poder.

Em 2023, depois das eleições gerais, o Presidente João Lourenço optoupela subida dos preços da cesta básica e do combustível (gasolina de 160 para 300 kz/litro), facto que está a causar impactos significativos na vida dos cidadãos, que todos os dias, enfrentam a perda do poder de compra.