Luanda - Cada artista, músico ou compositor tem as suas peculiaridades, mas o caso Bangão não é para menos, é mesmo para estudo: 3 factos em 35 minutos . . .É madrugada de Sexta-feira, dia 28 do mês de Abril. O Majocal, espaço promocional e de valorização da música angolana, cita no ponto final da Ilha do Cabo em Luanda, quase rebenta pelas “costuras” pois o espaço tem a elevada honra de receber um dos maiores expoentes da música popular angolana: Bangão.


Fonte: Club-k.net


Calabeto, ou melhor o “Kota Buê” quase monopolizou o palco do acolhedor e cativador espaço, exibindo durante 25 minutos as melhores do seu baú musical. Antes precedido pelo não menos conhecido no musical angolano das décadas 60 e 70, o Kota Nito Nunes que também recordou aos presentes as melhores do seu repertório. Kota Buê, introduziu assim Bangão: “Vocês conhecem o cantor mais bangão de Angola? Meus Senhores e minhas Sras. Aqui está o mais Bangão de todos: Bangãooo . . !”. Todinho de preto inclusive o chapéu, Bangão encantou durante 10 minutos o público bem cantante. Logo depois, Bangão exibiria mais 2 factos do seu guarda-fatos. Intercalando músicas com anedotas, Bangão exibiu-se durante 35 minutos tendo o suporte da Banda Akapaná, uma banda que não deve nada as outras do sucesso de outrora tais como Kiezos, Jovens do Prenda, aliás muitos dos executores da Banda são oriundos e actuantes dessas e outras bandas musicais.


Como sempre as “Noites do Semba” do Majocal bem presididas e moderadas pelo jovem Adilson Pitra, com um grande potencial em Rádio-jornalismo e dono de uma empolgante voz que apesar dos seus 24 de idade, mostra que boa música não tem idade nem fronteiras. Boa nota é de atribuir ao Staff de apoio que assiste as mesas onde se destaca o bom serviço mesa. Neste âmbito é notável a jovem Idalina João de apenas 22 de idade, que por ironia do destino assiste as mesas com certa competência apesar de ter um grande sonho: estudar. Por não poder continuar seus estudos em Gestão de Empresa e para não cruzar os braços, Idalina sente-se orgulhosa poder conhecer os nomes mais sonantes da praça musical de Angola. Já o percussionista e executor musical Gambôa, que na qualidade de ouvinte também assistiu a mais uma sexta-feira no Majocal, não resistiu fazendo a mesas de batuques, quase acompanhou todos os números exibidos


Bangão anunciou em primeira-mão que em Julho vai reaparecer em grande no mercado colocando aos fãs um disco duplo com 36 números, denominado “Estou de volta”.


De salientar que o Majocal, é um restaurante e espaço de entretenimento que muito tem contribuído para a divulgação da música principalmente popular  angolana, realizando de 15 em 15 dias um convívio com a participação de um nome, geralmente muito soante da música angolana. Apesar de frequentado maioritariamente por gente de mais de 40 anos de idade, a juventude tem marcado presença em grande, o que mostra seu interesse pela continuidade dos nossos valores culrurais e musicais, o que é sadio para a nação.


No decorre deste primeiro trimestre, escalaram as pistas do Majocal entre outros: Dom Caetano, Zé Cax, Eduardo Paím, Sam Mangwana bem como o rei Elias Diakimuezo que comemorou o seu 74. aniversário natalício e 54 de carreira.