Luanda - Dentro dos vários desafios para promoção de uma verdadeira democracia participativa e representativa em angola, infelizmente ainda encontramos empecilhos e algumas lacunas que precisam ser colmatadas de maneira justa. Tal como o modo de transmissão de informação nalguns, se não todos, os órgãos de comunicação social em angola.
Fonte: Club-k.net
Os órgãos de comunicação social em angola continuam apresentar motivos de incertezas na transmissão de algumas informações, isto, por que a mesma ainda sofre de deficiências de imparcialidade e democratização ao nível de transmissão de informação, e principalmente no que diz respeito ao dia-dia dos partidos em concorrência, e isto de certa forma também é um elemento que contribui na perda constante de credibilidade pública.
Um canal público nacional, é conhecido pelas suas responsabilidades de partilha de informações imparciais dos mais variados níveis, desde que, estas informações não violem os princípios de liberdade de imprensa (artigo 44o da CRA) ou ainda assim, os princípios editoriais da própria instituição em si. Mas, infelizmente em angola não vemos nem uma nem outra, principalmente nas questões partidárias, parece-me que os partidos em concorrência continuam a ser afogados porque poucas das suas agendas são divulgadas com frequência no campo das informações.
Isto afeta a democracia?
Claro que sim! o nível de participação democrática e representativa que se quer ver começa a ser golpeada por pormenores do gênero, que na teoria podem parecer detalhes mesquinhos, mas que na prática afetam muito na construção da democracia participativa e representativa também, os órgãos de comunicação social representam uma certa importância na transmissão de informações de modos a promover liberdade, democracia, e justiça por ser uma área central e fundamental no interior do país. No entanto, com base nisto os cidadãos desde os tempos remotos são livres de escolherem um certo posicionamento no cenário político interno, quer isto dizer, militar num partido e rejeitar o outro e assim sucessivamente.
Mas como haverá isto de acontecer?
Se este por sua vez não conhece os partidos existentes no cenário da concorrência? Por que são ainda ofuscados constantemente no campo dos veículos de comunicação social local.
Parece ironia, mas ainda há cidadãos que não conhecem de fato o número e nomes de partidos em concorrência, salvo, os que nem chegaram a ser conhecidos por conta das suas impotências no alcance de assento parlamentar. Outros partidos, por sua vez conseguiram ganhar uma certa visibilidade por conseguirem ao menos se desdobrar na mídia e atingir uma certa população que se sentiu seduzida pelas suas ideologias e agendas, no caso concreto da; UNITA, BD, e o PRA-JÁ.
Ainda assim, são os mesmos partidos que atualmente continuam afogados no campo dos órgãos de comunicação social. E metade da população ainda continua a lamentar pelo sucedido, e não podemos fingir não estar a ver, os partidos em angola conseguem sobreviver por intermédio da mídia, o contrário, a perda da popularidade periga a sua existência. Face a isto, o meu posicionamento como analista e cidadão é com base na igualdade e justiça em todas as áreas que dizem respeito a democracia, nada mais do que isso.
E no cenário Religioso?
Parece que a mesma desigualdade continua a permear outras áreas também e uma que também se verifica ser importante por causa do nível de democracia que se deseja construir são as religiões digo(algumas) que não deviam ser colocadas à parte nos ensaios dos órgãos de comunicação social como no caso concreto da Igreja de Nosso Senhor Jesus cristo no Mundo- Os Tocoistas por ser uma religião que desde a sua fundação continua fiel aos seus princípios e a sua missão e jamais se ouviu casos de desmoralização da sua parte ou iniciativas de atentado contra o Estado democrático direito.
No meio de outras que existem, a igreja de Cristo continua também a apostar fielmente na juventude que também integra a sociedade civil, mesmo face aos vários desafios que esta se depara quotidianamente. Ainda assim, não desistiu de mostrar a sua potência e capacidade para contribuir na construção de uma sociedade justa e igualitária, transmitindo constantemente princípios basilares bíblicos que visam educar moral e espiritualmente o cidadão.
Mas infelizmente, as suas atividades e agendas de relevância ainda continuam a ter pouca cobertura também nos órgãos de comunicação social do país e isto também de certa forma dificulta o nível de participação democrática que se quer ver no país, porque o mesmo( O cidadão) não conhece os programas das supostas religiões que existem no interior do país e não tem a liberdade de fazer crítica às mensagens que se prega constantemente, de modos a incitar formas deste por sua vez se integrar paulatinamente nas diversas religiões e contribuir por mudanças.
Os cidadãos também têm o direito de escolher em que religião se filiar ou se converter por ser um direito constitucionalmente consagrado(artigo 41oCRA), até porque também Deus é único e a igreja é uma comunidade que acolhe todo tipo de ser independentemente da raça, sexo, ou tom de pele que este eventualmente esteja a possuir, e foi fundada pelo seu filho nosso Senhor Jesus Cristo.
Entretanto, são essas falhas no meio de outras que ainda existem, que também dificultam na construção e promoção da democracia participativa e representativa que se deseja ver num Estado democrático e de direito (artigo 2oCRA). Precisamos promover a justiça e igualdade em todas as áreas do nosso país e não devemos deixar de comunicar quando repararmos alguma mancha de injustiça nalguma parte, e os órgãos de comunicação social local devem se rever e procurar igualdade na transmissão de informação. E como disse anteriormente, salvo se as informações que se queira vazar atentem contra a liberdade de imprensa ou contra o Estado democrático de direito.
Afonso Botáz- Analista e acadêmico