Luanda - A Sogester, firma ligada a GEFI (o grupo financeiro do MPLA) estará a pagar aos seus diretores salários na ordem dos 14 milhões de kwanzas, conforme indica uma declaração de serviço passada pelo seu diretor e membro do CC do MPLA Aleixo Martins Panzo Nianga a favor de Teresa Viengo Domingos, que “encontra-se vinculada a esta empresa desde 07/07/2014 por um contrato de trabalho por tempo indeterminado, exercendo atualmente as funções de diretora de saúde, segurança, proteção e ambiente”.

Fonte: Club-k.net

O tema está a ser objeto de reparos nas redes sociais, devido à contradição de o governo do MPLA se recusar a pagar salários justos na função pública, mas, por outro lado, nas suas empresas, os altos responsáveis são beneficiários de ordenados “milionários”.

 

A Sogester é uma empresa angolana que se dedica à prestação de serviços de carregamento, descarregamento e armazenamento de contentores. A empresa é uma joint venture entre a APM Terminals, uma afiliada da Maersk, que detém 51% das ações, e a Gestão de Fundos de Angola (GFA), que detém os restantes 49% das ações.


A GFA, por sua vez, é controlada pela GEFI, a holding empresarial do MPLA, o partido no poder em Angola.

 

A “Gestão de Fundos” (seguradora do MPLA), controla por sua vez a M.S.G.J – SOCIEDADE GESTORA DE JOGOS que detém 33,333% do capital social da sociedade ANGOLLOT, LDA, que está em vias de controlar a gestão da lotaria de Angola.

 

O atual PCA tanto da Sogeste como da Gestão de Fundos de Angola (GFA) é Francisco da Silva Cristóvão “Chiquinho”, um membro do Comitê Central do MPLA, que está à frente de muitas empresas controladas pela GEFI.


“Chiquinho” representa também o MPLA junto à GAFP - Investimentos e Participações, empresa que integra o consórcio do INFRASET (Angosat).