WASHINGTON — As autoridades de Angola esperam arrecadar 700 milhões de dólares num contrato de gestão do Aeroporto Internacional Dr. Agostinho Neto, recentemente inaugurado, disse a agência de notícias Bloomberg.

Fonte: VOA

O Governo angolano abriu nesta sexta-feira, 17, o concurso público para a administração do aeroporto por um período de até 40 anos e, segundo o ministro dos Transportes Ricardo Viegas de Abreu, o Executivo já recebeu várias cartas manifestando interesse por parte de companhias da Europa, Médio Oriente, África e Ásia

 

Novo aeroporto de Luanda é sinal de “complexo de grandeza”, mas para o Governo é “um motor poderoso para a economia”

 

O ministro disse à Bloomberg favorecer propostas de companhias operadoras de aeroportos em detrimento de fundos de investimento e, não espera que haja 20 concorrentes no processo.

 

“Não há 20 ou 50 operadoras com a capacidade de administrar este aeroporto”, sublinhou.

 

Uma decisão final deverá ser anunciada dentro de nove a 10 meses, acrescentou.

 

"O novo aeroporto de Luanda é elefante branco", Olívio Nkilumbo



O novo aeroporto foi inaugurado no passado dia 10, com muitos críticos a afirmarem que poderá ser um “elefante branco”, ou seja, sem utilidade para o país.

 

Ricardo de Abreu afirmou que o aeroporto tem que atrair carga “não para nós, mas para outros países”, fazendo notar que a ideia é que será um “hub”, uma plataforma de transporte de mercadorias.

 

“Este é um hub da TAAG, mas estamos a olhar de uma forma mais abrangente que a TAAG”, acrescentou.

TAAG vai tirar vantagem do novo aeroporto

Sabe-se que a TAAG espera tirar vantagem do novo aeroporto, particularmente pelo facto de ser a única companhia aérea do sul de África que oferece viagens diretas para a América do Sul.

 

Um recente acordo com a companhia brasileira GOL vai permitir à companhia angolana oferecer 100 destinos através do sub-continente americano.

 

A TAAG anunciou, entretanto, na exposição Dubai Airshow que vai comprar oito motores GEnx-1B à companhia GE Aerospace e um sobressalente para a sua fronte de Boeigns 787 cuja compra foi anunciada no mês passado.

 

Além da encomenda das aeronaves, a TAAG assinou também um acordo de serviços TrueChoice, que cobre a frota existente de cinco aeronaves Boeing 777-300ER, com motor GE90.

A TAAG, disse recentemente Eduardo Fairen diretor da companhia à revista África Report, pretende a nível regional ter 25 destinos no continente africano. Onde atualmente tem 9 e expandir os seus destinos intercontinentais de quatro (São Paulo, Havana, Lisboa e Madrid) para 10 até 2027.