Lisboa – O Serviço de Investigação Criminal (SIC) é acusado de ter recrutado cerca de 800 elementos para as suas fileiras que se julga terem conduta indecorosa. Esses nos agentes foram objeto de uma formação de quatro meses na província de Malanje.

Fonte: Club-k.net

Conforme esclarecimentos, observa-se que o Serviço de Investigação Criminal (SIC) não realiza um levantamento adequado do pessoal que recruta, o que resulta na admissão de antigos delinquentes e ex-presidiários. O caso mais emblemático é o do oficial Flávio Pascoal Tavares, conhecido como "Pula Pula", que ingressou nesta estrutura há alguns anos.

 


"Pula Pula" possui um histórico como temido marginal do Cazenga, e após seu recrutamento, foram atribuídas a ele missões pouco condizentes com a dignidade de um oficial de investigação. Em 2020, ele estava a ser julgado pelo assalto de 30 milhões de kwanzas a um cidadão estrangeiro em Luanda.

 


No âmbito do SIC, é mencionado o alto responsável Nazarth Neto, que responde pela área de recursos humanos. Nas acusações feitas a ele, é imputada a sua suposta ligação a uma rede interna que pratica tráfico de influência para venda de vagas, mediante o pagamento de 2 milhões de kwanzas.

 


Com a patente de subcomissário e filho de um ex-membro da Polícia Nacional, que trabalhou no gabinete do antigo comandante geral Fernando da Piedade Dias dos Santos “Nandó”, Nazarth Neto é agora apresentado como peça-chave do diretor nacional, Comissário António Paulo Benge.

 


Os denunciantes fazem um apelo à inspeção para uma investigação que esclareça os critérios utilizados no recrutamento dos últimos 800 elementos, alegando a presença de indivíduos com conduta indecorosa.