Luanda  - O Diretor-Geral dos Serviços Penitenciários (SP), Jorge Mendonça, e o Provincial da Cadeia de Viana, Luciano Miguel, estão a ser acusados de expulsar uma empresa prestadora de serviços na área de panificação e cozinha dentro da instituição, apropriando-se de equipamentos avaliados em mais de 100 milhões de kwanzas. A acusação partiu dos supostos lesados, que denunciaram o caso ao Jornal Hora H.

Fonte: Jornal Hora H

Segundo Garcia Tomás, sócio-gerente da Empresa Onória Zacarias, o acordo foi estabelecido em 2016 com a Direção-Geral dos Serviços Penitenciários (SP) para o fabrico e fornecimento de pão para consumo interno e comércio. Entretanto, a empresa alega que a direção desrespeitou os acordos iniciais ao apropriar-se de seus meios de trabalho e exigir uma comissão de 20% dos lucros das vendas, o que resultou na sua expulsão da prisão de Luanda.


Garcia Tomás afirma que o material fornecido estava danificado, e a empresa teve que arcar com os custos de reparação e substituição para atingir a produção planejada. Além disso, denuncia que a contabilidade da empresa era controlada pela direção dos SP, e ao se recusar a assinar um acordo de partilha de lucros, foi expulso sem oportunidade de recuperar seus equipamentos.

 

O empresário cobra do SP o pagamento de 130 milhões e quinhentos mil kwanzas referentes aos prejuízos durante o tempo de trabalho na instituição. Ele ainda acusa o Diretor-Geral, Jorge Mendonça, de criar empresas fantasmas nos estabelecimentos prisionais para enganar o Ministro do Interior, Eugênio Laborinho, desafiando-o a abrir um inquérito.


O Jornal Hora H revelou que as contas bancárias da empresa estão bloqueadas a pedido do Diretor-Geral dos SP, o que tem gerado pressão sobre os funcionários à espera de indemnização. Apesar das tentativas de contato, a Direção-Geral dos Serviços Penitenciários não prestou esclarecimentos até o momento.