Luanda - O Bloco Democrático elegeu neste sábado, 23 de Dezembro de 2023, um novo Secretário provincial em Luanda. A eleição decorreu durante a Vª Assembleia Geral Provincial Ordinária, tendo na ocasião prometido palmilhar os municípios e distritos da cidade capital para aumentar o número de militantes.

Fonte: CORREIO AFRICA

Durante o seu primeiro discurso, Ary da Costa Campos exortou os secretários municipais a redobrarem esforços nas comunidades para que o Bloco Democrático seja uma das opções políticas das populações, sobretudo as que têm os seus direitos sociais condicionados.

 

O jovem político, disse lutar com os demais organismos como os sindicatos para defender o aumento do salário mínimo para pelo menos 250 mil kwanzas, justificando que o país tem condições de o fazer.

 

“Apoiamos a ideia das centrais sindicais em aumentar o salário mínimo. Este país é um paraíso fiscal em que uma dúzia de pessoas tiram proveito”, sustentou.

 

Ary acredita numa competição política saudável com os seus parceiros da UNITA, referindo por exemplo os resultados da Frente Patriótica Unida da qual o BD é membro, mas sublinha que como partido o objectivo é crescer e afirmar-se.

 

Por seu turno, o Presidente do partido, Filomeno Vieira Lopes, entende que a realização da Vª Assembleia é uma demonstração clara da democracia interna e do respeito pelas normas.

 

Filomeno está consciente que em 2027, o Bloco só será útil no pleito eleitoral, se reunir as condições de concorrer sozinho ou coligado, sob pena de ser extinto.

 

“Em 2025 vamos realizar a nossa convenção onde vamos decidir a estratégia e o programa eleitoral”, enfatizou.

 

O também economista, considera que a Frente Patriótica Unida foi a vencedora das eleições, por isso entende que a coligação é hoje uma marca nacional, garantindo que o Bloco Democrático não congrega só intelectuais nas suas estruturas.

 

“Não se faz um partido só para intelectuais, as mais de 20 mil assinaturas que tivemos mostram que somos um partido de todos e para todas as classes”, referiu, apontando como exemplo, o facto da secretária provincial de Benguela ter vindo da classe das zungueiras.