Luanda - Por via de um memorando - que o Club-K teve acesso - atribuído a Embaixada da República de Angola no Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, o Embaixador Geraldo Sachipengo Nunda defendeu vigorosamente o ex-Adido de Imprensa, Alfredo Benedito Salvador Carima, contra acusações que resultaram para a sua exoneração.

Fonte: Club-k.net

O Adido de Imprensa Carima, nomeado em julho de 2018, assumiu suas funções apenas em setembro de 2021, após três anos de espera. A polêmica teve início em junho de 2023, quando o Ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Augusto da Silva Oliveira, assinou um contrato entre o governo angolano e a CNN. Detalhes sigilosos do contrato vazaram para a mídia, gerando suspeitas sobre vazamentos internos.

 

A exoneração de Carima foi baseada em suposições feitas pelo director de Comunicação e Informação Institucional do MIREX, António Nascimento, de que ele era o proprietário do portal Joana Clementina, de onde se suspeitava que as informações vazaram para o portal Club K. No entanto, o memorando do embaixador revela que essa afirmação é infundada e que Alfredo Carima não teve envolvimento no vazamento.

 

Segundo o memorando do embaixador, Carima foi o primeiro a alertar sobre o vazamento, mostrando preocupação com a circulação de informações sensacionalistas. Uma investigação minuciosa não encontrou evidências de que Carima tenha repassado informações ao Club K.


O memorando destaca o papel ativo de Carima na melhoria das relações entre ativistas angolanos no Reino Unido, interagindo com sensatez e persuasão. Segundo o documento, o Adido de Imprensa Alfredo Carima tem trabalhado com os Serviços de Inteligência da Embaixada de Angola para tentar mudar a opinião dos activistas angolanos que vivem no Reino Unido. O mesmo tem se reunido com os mais susceptíveis a mudar de ideia e tem tentado persuadir os extremistas a abraçar a defesa do Estado angolano.


O Embaixador Geraldo Sachipengo Nunda enfatiza que a exoneração de Carima foi precipitada e injusta. O também general reformado apela às autoridades competentes, incluindo o Ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, e o Ministro das Relações Exteriores, para reavaliarem a situação e corrigirem a injustiça cometida contra o ex-Adido de Imprensa.


O memorando encerra ressaltando a necessidade de decisões justas para preservar a moral e a reputação daqueles que servem ao Estado angolano, enfatizando que Carima, exonerado por uma falta que não cometeu, merece ser tratado com equidade.