Luanda - A procuradoria Geral da República está a investigar desde o dia 05 de Novembro de 2023, o director da Sonangol distribuição e comercialização SA, Tiago Joaquim Domingos Caholo e o chefe de departamento de vendas Cristóvão de Oliveira Fortunato, pelo facto de estarem envolvidos num esquema de corrupção e contrabando do betume asfáltico para a República Democrática do Congo.

Fonte: Lusa

Os dois responsáveis da Sonangol são, igualmente, acusados de recebimento ilícito de vantagens, tráfico de influências no processo de venda do betume asfáltico.

 

O esquema de corrupção funciona no momento em que é feita a planificação das empresas que executam obras de construção de estradas.

 

Entretanto,Tiago Joaquim Domingos Caholo e o Cristóvão de Oliveira Fortunato introduzem as empresas chinesas: Xu-Chang China, China Zhong Tai, Sinohidro, Haijian, Internacional (Su), Xu- Chang, Lijun, Pan China, China Hardbour, Shopgal e Sabitex.

 

Segundo uma fonte digna de créditos revelou ao Club K que as empresas Xu -Chang China e Xu Chang contrabandeiam o betume asfáltico para a Republica Democrática do Cango, através da fronteira com a província do Zaire, comercializando a tonelada no valor de três mil dólares a cinco mil dólares, ao passo que o preço oficial vendido pela Sonangol é de 110 000, 00 (Cento e dez mil Kwanzas ) por tonelada.


As empresas chinesas chegam a pagar duzentos e vinte a 250 mil Kwanzas por toneladas, um valor acima do oficial, pela facilitação de proceder ao carregamento.

Cada empresa tem direito, de acordo a planificação diária, 250 toneladas.

Tiago Joaquim Domingos Caholo e Cristóvão de Oliveira Fortunato recebem deste acto ilegal, por 25 toneladas, seis milhões Kwanzas, pela introdução destas empresas que levam os nossos derivados do petróleo para a RDC.

 

A título de exemplo, pela facilitação da empresa chinesa Xu - Chang China, Tang Oil Lubrificante, Sinohidro, Xu Chang, Lijun, China Road Andribridge, Shopgal e Sabitex para a aquisição do betume asfáltico, pagam em compensação seis milhões de Kwanzas em espécie aos responsáveis corruptos da Sonangol.

A empresa Sabitex deu no dia 14 de Outubro de 2023 em mãos ao chefe de departamento de Vendas, Cristóvão de Oliveira Fortunato cerca de 230 milhões de Kwanzas, cujo portador foi o cidadão chinês Xu- Chang, que se deslocou numa manhã de sábado até a residência de Cristóvão de Oliveira Fortunato para entregar o dinheiro.

Como resultado deste acto de improbidade pública, Tiago Joaquim Domingos Caholo e Cristóvão de Oliveira Fortunato adquiriram residências luxuosas em Portugal e viaturas top Gama. Uma das residências vive à família e a outra foi arrendada a um cidadão cubano.

Caholo tem também uma rede de hospedaria em Luanda.

Fruto do esquema de corrupção regista-se uma acentuada especulação do preço do betume asfáltico.

No mercado nacional as empresas chinesas chegam a revender o betume asfáltico no valor de 400 a 500 mil Kwanza, por cada tonelada.

Os actos de corrupção têm inibido várias empresas com obras de construção de estradas.

As empresas Omatapalo e Monta Engil têm dificuldade na aquisição do betume asfáltico na Sonangol e optam pela importação no exterior, facto que encarece as obras, que o governo angolano tem apostado para a melhoria da circulação rodoviária visando alterar a situação das estradas do país.