Luanda - No centro de uma controversa denúncia, o Presidente do Conselho de Administração (PCA) da A Mundial Seguros, Cláudio Macedo Pinheiro, e o correspondente Presidente da Comissão Executiva (PCE), Márcio Jorge Torres Canumbila, estão a ser acusados de distorcer a verdade em suas respostas oficiais. Alegam que as nomeações em questão são de total responsabilidade da Comissão Executiva, enquanto evidências sugerem o contrário.

Fonte: Club-k.net

Contrariando as declarações de Pinheiro e Canumbila, alega-se que o PCA, enquanto detentor de poderes executivos até 31 de julho de 2023, data em que o formato do governo societário da seguradora foi alterado, foi o responsável direto pela contratação dos diretores Vânia Andrade e Geraldo Cruz. Ambos os indicados são alvo de críticas, sendo Andrade apontada como sem experiência no setor segurador e inadequada para o cargo, enquanto Cruz é acusado de fraudes em seu posto anterior.

 

Fontes confiáveis informaram a este jornal que Cláudio Pinheiro está ausente da seguradora desde a publicação da primeira denúncia.

 

Além disso, Márcio Canumbila, na posição de PCE, teria nomeado Jurene Calunda como Diretora do Capital Humano, alegadamente por amiguismo e sem experiência relevante. Calunda, anteriormente na UNITEL, desconsiderou a política interna que exige pelo menos 5 anos de experiência para cargos de direção.

 

A prática de nepotismo também é apontada, com o cunhado de Canumbila, Braúlio Borges Tavares, sendo contratado como especialista, violando a política de conflito de interesses da A Mundial Seguros.

 

Em relação às rescisões de contrato, a resposta oficial da AMUSE, que sugere que os valores de indenização foram pagos dentro dos limites legais, é contestada. Alegações apontam que, na verdade, ocorreram demissões diretas sem justificativas claras, com documentos a sustentar essas informações.

 

A suspeita de irregularidades levanta a necessidade de uma inspeção imparcial. Contudo, as ligações familiares entre o PCA da ARSEG (Autoridade Reguladora de Seguros e Fundos de Pensões) e o PCE da A Mundial Seguros podem dificultar uma investigação imparcial. Além disso, como acionista majoritário, o BPC (Banco de Poupança e Crédito) pode relutar em suspender a gestão da Comissão Executiva, uma vez que o PCA do BPC é o mesmo da A Mundial Seguros. A transparência e a ética corporativa estão sendo questionadas, e a verdade por trás dessas alegações precisa ser esclarecida.