Luanda - A Frente de Libertação do Estado de Cabinda – Forças Armadas de Cabinda (FLEC-FAC) decidiu assinalar a data comemorativo do 1º de Fevereiro, referente ao 139º aniversário da assinatura do Tratado de Simulambuco, Magna Carta do nacionalismo cabindês, com a difusão de imagens da última deslocação de Jean-Claude Nzita, porta-voz do movimento, a uma das bases da FLEC-FAC em Cabinda.

Fonte: E- Global

Jean-Claude Nzita disse à e-Global que o principal motivo da sua deslocação a Cabinda foi para acompanhar militares das Forças Armadas de Cabinda (FAC) que regressavam de uma formação militar em “países amigos”, e saudar os militares que partem em formação.

 

“São formações técnicas que permite aos nossos militares conhecer as novas técnicas de combate, seja em termos de formação operacional e de estratégia militar, mas também no manuseamento de novos equipamentos como drones militares e meios de comunicação, precisou Jean-Claude Nzita.

 

“Os nossos parceiros, entre os quais vários países do Médio Oriente, tais como os Emirados Árabes Unidos, um país lusófono e alguns membros da SADC (Secretariado da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral) estão cada vez mais determinados em apoiar a causa de Cabinda”, disse o porta-voz da FLEC-FAC. “Hoje podemos deslocar em todos os países com grande facilidade, devido ao contributo de países amigos que facilitam passaportes diplomáticos aos nossos dirigentes e militares”, explicou.

 

Segundo Jean-Claude Nzita a “aparente inactividade” militar da FLEC-FAC, deveu-se às formações dos seus quadros e capacitação técnica dos seus militares “necessária para responder na medida certa ao presidente angolano. João Lourenço já nos provou definitivamente que é incapaz de negociar seriamente uma solução pacifica para Cabinda. João Lourenço fala de paz aos países da sub-região, mas só conhece a guerra como solução. Vamos responder a João Lourenço pela única via que ele conhece, que é a via das armas e do levantamento armado popular nas cidades e aldeias”, disse o responsável do grupo armado independentista Cabinda.

 

“Durante todo o tempo que perdemos com as falsa propostas de João Lourenço e armadilhas criadas com cobertura de plataformas organizadas por quadros do MPLA, com a cumplicidade de alguns cabindas. Iremos denunciar compatriotas cabindas que afirmavam ser independentistas, mas apenas pretendiam tirar proveito do sofrimento e da guerra em Cabinda pactuando com o inimigo”, ameaçou Jean-Claude Nzita, “muitos cabindas traíram os seus irmãos, um deles até representa diplomaticamente e vergonhosamente Angola na Etiópia. Foi devido a estes traidores que a causa cabindesa nunca pode avançar. Mas os tempos mudaram”.

De acordo com Jean-Claude Nzita, as FAC vão reduzir as acções de guerrilha para “concentrar as suas forças em grandes ofensivas” a fim de “libertar cada vez mais cidades e territórios”.


“Que fique claro. A FLEC-FAC não vai vender Cabinda nem aceitar negociar através de falsas organizações criadas pelo MPLA”, vincou Jean-Claude Nzita, “temos agora condições para lançar uma ofensiva com o objectivo de fixar e estender territórios libertados. Vamos intensificar a luta até que Angola manifeste que quer negociar. Não vamos mendigar mais a Angola para negociar, esse período acabou. África está a mudar e a FLEC-FAC tem acompanhado os novos ventos de mudança”.

 

De acordo com Jean-Claude Nzita, as fac vão reduzir as acções de guerrilha para "concertar as suas forças em grandes ofensiva" a fim de libertar cada vez mais cidades e territórios".

 

Que fique claro. A FLEC-FAC não vai vender cabinda nem aceitar negóciar através de falsas organizações criadas pelo MPLA, vincou Jean-Claude Nzita, temos agora condições para lançar uma contra ofensiva com o objectivo de fixar e estender os territórios libertados. Vamos intensificar a luta até que Angola manifeste que quer negociar. Não vamos mendigar mais a Angola para negociar, esse período acabou. África está a mudar e a FLEC-FAC tem acompanhado os novos ventos de mudança".