Luanda - O Presidente da UNITA defendeu neste sábado, 16 de Março de 2024, em Luanda, no acto de celebração dos 58 anos de fundação do seu partido, que os princípios de Muangai continuam actuais.

Fonte: UNITAANGOLA

“Em março de 1966, em Muangai, a UNITA trouxe cinco princípios, que ouviram aqui, na declaração lida há pouco. Princípios que nunca é demais conhecer e repetir. Princípios de 1966, mas que continuam completamente válidos até hoje: liberdade e independência total, para os homens e para a pátria mãe. Este é um princípio adquirido na Angola que temos? Infelizmente não”.


“Democracia assegurada pelo voto do povo, através de vários partidos políticos. Esta democracia é efectiva e é real? Soberania expressa e impregnada na vontade do povo, de ter amigos e aliados, primando sempre nos interesses dos angolanos; mais do que actual. Liberdade de todos os angolanos na pátria do seu nascimento. Uma outra realidade nos dias de hoje, somos iguais perante a lei? Temos tratamento igual perante a lei? Infelizmente, não: Muangai continua actual”, disse o líder partidário.


Para Adalberto Costa Júnior, “na busca de soluções económicas priorizar o campo, para beneficiar a cidade; uma outra realidade que continua distante das nossas práticas”.

 

Na ocasião, o líder partidário sublinhou que potenciar a agricultura é potenciar a autossuficiência.


“Quem investe no campo, cria capacidades de fixar no campo os jovens, e outros que de outro modo, imigrariam para a cidade, aumentando assim a pressão sobre as instituições, de assistência social, tornando insuportável o número de desempregados nas ruas, que é aquela que é a nossa realidade”.
“Investir no campo é criar, nas zonas rurais e nas vilas, condições de emprego para os jovens, formados ou não formados, localmente para que possam ter emprego, como trabalhadores por conta própria, ou por conta de outrem; é potenciar as cerca de dois milhões de famílias angolanas, que têm dependentes de si, cerca de dez milhões de dependentes. Potenciar a agricultura é potenciar a autossuficiência”, disse o Presidente da UNITA, tendo criticado o investimento em número ínfimo de empresas de proximidade com os governantes e o monopólio à economia, actos que considerou o responsável partidário, ser prática do actual governo.

 

“Não é o investimento em meia dúzia de empresas de proximidade política, monopólios que destrem a economia, e que tem sido a prática do actual governo”.

 

“É verdade que se temos um governo que faz estradas descartáveis, emagrecidas peas práticas das comissões, a ligação entre o campo e a cidade não se faz. Para haver uma ligação digna entre o campo e a cidade, este governo tem que mudar, para vir um outro governo que se sinta comprometido com a construção de uma nação para todos os povos de Angola, e que perdure no tempo”.