Washington - O Presidente de El Salvador, Nayib Bukele, de 42 anos, fez o que aos olhos de muitos se considerava antes impossível ao transformar San Salvador, a capital com mais mortes no mundo, em uma das capitais mais pacíficas. Ele conseguiu isso em menos de 3 anos. Eleito aos 38 anos para o primeiro mandato como independente, Bukele não era um candidato da direita ARENA ou da esquerda FMLN em El Salvador. Ele é um exemplo a seguir como um dos presidentes mais jovens do mundo e da geração dos milênios.

Fonte: Club-k.net

San Salvador era então a pior capital do mundo em assassinatos e massacres, chegando a se transformar em cidade sitiada várias vezes. Entre várias medidas, Bukele reduziu rapidamente os níveis de criminalidade a quase zero, construindo uma prisão maior capaz de abrigar facções de diferentes gangues, como MS-13 e 18th Street, entre outras.

 

Durante uma conferência de imprensa de Bukele, chamou-me a atenção quando um jornalista inglês do The Guardian questionou o Presidente Bukele sobre violações de direitos humanos em El Salvador. O mesmo jornal e outros que anteriormente chamavam San Salvador de capital mais perigosa do mundo hoje estavam invocando direitos humanos em nome de criminosos. É importante ressaltar que os direitos humanos são fundamentais e inalienáveis para todo ser humano. Mas, neste contexto, não se trata de violações de direitos humanos para quem acompanha o desenvolvimento do crime nesse país centro-americano. Isso me fez lembrar um pouco da hipocrisia da mídia ocidental, que muitas vezes se recusa a relatar boas notícias que não venham da Europa, Austrália ou América do Norte. Portanto, avanços em democracia, tecnologia e saúde, por exemplo, oriundos da África e da América Central e do Sul, são ignorados. Vale ressaltar que o jovem Presidente Bukele alcançou em 3 anos o que líderes de outras nações com mais "experiência" não conseguiram. Seguindo a troca de perguntas e respostas, foi interessante verificar a postura positiva do Presidente Bukele ao afirmar que "só porque a solução não vem da Europa não significa que não estejamos trabalhando". "Os resultados falam por si", concluiu o jovem Presidente.

 

Bukele alcançou muitos feitos em 4 anos: reformou a justiça, reorganizou e deu independência aos tribunais, melhorou a economia, combateu a corrupção e, acima de tudo, devolveu a tranquilidade e a paz a El Salvador e às ruas de sua capital, San Salvador.

 

Sim, é possível transformar um país em 4 anos, desde que haja vontade política e os eleitos tenham inteligência e visão para o país. Esse é o caso do Presidente Bukele, um milênio fazendo coisas boas e avançando seu país. Esses feitos garantiram-lhe um segundo mandato, que ele está atualmente exercendo, depois de vencer as eleições democráticas na última eleição realizada em janeiro de 2024.

 

Na África, já tivemos exemplos como Bukele. O ex-Presidente e panafricanista Thomas Sankara, aos 37 anos, transformou Burkina Faso em 3 anos, de um país pobre para um país auto-sustentável antes de ser assassinado. Sankara começou cortando gastos supérfluos, retirando Mercedes e outros carros de luxo de todos os membros de seu colegiado governamental. Ele retirou subsídios, reduziu seu próprio salário e o de seus ministros. Investiu na agricultura, construiu infraestruturas como caminhos de ferro e estradas que ligavam todo o país. Também incentivou os jovens a praticar esportes, aumentou o número de mulheres com capacidade em cargos de destaque e promoveu o plantio de árvores para proteger o meio ambiente. Sankara foi um defensor da meritocracia e era contra o nepotismo. Ele evitou empregar familiares no aparelho do estado sem conhecimento prévio. O nacionalista e panafricanista Julius Nherere também o fez como presidente da Tanzânia. Portanto, se quisermos buscar modelos para solucionar os problemas atuais em países africanos, temos pontos de referência.

 

No entanto, nota-se um despertar na África. Há a necessidade de novo sangue e juventude com visão para transformar países africanos. Os milênios, como o Capitão Traore de Burkina Faso e o Coronel Doumbouya da Guiné Conakry, por meio de golpes com apoio popular, chegaram ao poder e, consequentemente, implementaram medidas imediatas para o benefício das populações. Apenas o tempo dirá sobre os destinos desses dois países com jovens presidentes destemidos com visão própria fora do status quo.

 

No Senegal, Bassirou Diomaye, de 44 anos, tornou-se o 5º presidente senegalês nas eleições realizadas em 24 de março de 2024. Mais uma vitória para um presidente da geração dos milênios. Que haja sucesso para o novo presidente eleito, pois isso é esperado no continente africano. Milhares de sul-africanos mantêm esperança na eleição de Julius Malema como novo presidente da África do Sul em 29 de maio de 2024.

 

Com esses novos líderes, a África estará pronta para enfrentar os desafios dos próximos 50 anos com uma nova mentalidade de homens e mulheres prontos para combater problemas climáticos, sustentabilidade, alfabetização, energia, gestão de recursos naturais, avanços tecnológicos em inteligência artificial, saúde, educação e segurança. Oxalá os milênios em Angola tenham a mesma oportunidade!