Luanda - Analisei atenciosamente a publicação de Joana Clementina sobre um suposto debate de alguns membros do Movimento Revolucionário que pretende indicar o José Gama para dirigir este nado morto e fiquei perplexo!

Fonte: Club-k.net

José Gama que conheço profundamente não tem nenhum interesse em se associar numa organização desorganizada e sem rumo como MR, tal como o país.

 

Já houve propostas melhores que lhe foram apresentadas (ser deputado, director nacional e entre outras), mas ele prontamente declinou, para salvaguardar a sua credibilidade e personalidade.

 

Creio que muitos de vocês conhecem apenas o José Gama pelas redes sociais e pelas suas posições em determinados assuntos, mas nunca tão profundo como o conheço, desde 2002, e que arrisco colocar as minhas benditas mãos ao fogo.

 

Fiz parte deste Movimento no longínquo ano de 2011 até 2015 e só havia discórdias e intrigas, que vós digam o Banza, o Luaty, o falecido Carbono, etc.. Muitos utilizaram este Movimento (sem cunho jurídico) para ganhar nomes e benesses. Pessoalmente conheço um monte deles.

 

A acção vil destes membros do Movimento Revolucionário (que albergava até oficiais do SINSE e agentes da polícia Polícia Nacional de Angola) acabou por assassinar e enterrar a organização. Ficou apenas o nome e a saudade.

 

Portanto, querer (como sonhar não é proibido) ressuscitá-lo agora com o JG seria, sem medo de errar, um milagre, ou melhor, uma missão quase que impossível.

As perguntas que não querem se calar são:
Por que razão?
Qual é o objectivo?
Agora vai haver transparência na divisão dos apoios financeiros que há muito foram cortados pelas instituições internacionais?
Ou querem apenas sacrificar e assassinar a sua credibilidade!?

 

Deixem o santo homem em PAZ. Pois, já não há nada a fazer pelo Movimento Revolucionário que podia ter sido uma ampla convergência para uma verdadeira democratização de Angola, caso os anteriores líderes tivessem uma visão mais ampla e globalizada.

 

Agora só nos resta aceitar humildemente que deixamos escapar uma das poucas oportunidades (tudo e mais alguma coisa) que tínhamos pelas mãos para mudar o rumo do país, evitando a miséria que vive hoje a nossa população.

 

O tempo nos mostrou, tal como aconteceu depois do 25 de Abril de 1974, que ainda não estamos capacitados e preparados para dirigir uma organização da dimensão do Movimento Revolucionário.

Tenho dito!

*Jornalista e Editor do Club-K