Luanda - PLANATUR indica que Europa, com mais de 50%, é o continente de maior proveniência de turistas para Angola. Entretanto, número de turistas que visitaram o país em 2023 não chegou sequer aos 100 mil.

Fonte: Forbes

Com novo ministro e mais autónomo, agora com ministério próprio, o sector tem pela frente uma caminhada que se espera difícil, rumo ao desafio de mudar o quadro e aumentar a atracção de turistas e a renda proveniente do sector, que em 2023 posicionou-se nos meros 21 milhões de dólares, como mostram os dados do Governo de Angola a que a FORBES ÁFRICA LUSÓFONA teve acesso.


O dinheiro gerado pelo sector é baixo, se comparado com outras realidades. A Namíbia, por exemplo, chegou a arrecadar 150 milhões de dólares em 2021. Mas além do pouco dinheiro, há, no caso de Angola, a pouca capacidade para atrair turistas.


Os dados mostram que no ano de 2023 foram 92,9 mil turistas os que pisaram o solo angolano, cerca de 0,28% no comparativo com a população, outro dado que revela a ausência de robustez no sector, já que fica muito aquém dos níveis da região. Dito de outra forma, Angola sequer conseguiu atrair cem mil turistas num ano.


A proveniência dos turistas, talvez a única parte positiva nos dados do turismo no país, é essencialmente Europa, com mais de 51%. Uma boa porque, de acordo com os dados mundiais do sector, são os que mais gastam e, portanto, deixam riqueza por onde passam.


A seguir aos europeus, o continente africano com 17,1% e o asiático com 15% são os que mais fornecem turistas para Angola, tal como sinalizam os dados do Plano Nacional de Fomento ao Turismo (PLANATUR), aprovado em Dezembro do ano passado pelo Executivo, com a finalidade de facilitar o acesso e a mobilidade interna de turistas, assim como assegurar um investimento directo em grande escala no país.