Luanda - A promessa de mais eletricidade para as províncias da Huíla e Namibe, impulsionada pela inauguração da central fotovoltaica de Caraculo, está em risco devido à infraestrutura de transporte de energia envelhecida e com problemas.
Fonte: Club-k.net
A linha de transporte de energia entre Matala e Lubango, essencial para levar a energia gerada em Caraculo para as cidades, está obsoleta e não tem capacidade para lidar com o aumento da demanda. Além disso, a linha Lubango-Namibe, que conecta a central à província vizinha, também apresenta problemas frequentes de defeitos, limitando ainda mais o potencial energético da região.
Embora a inauguração da central de Caraculo tenha injetado 25 MW na rede, especialistas alertam que isso não significa um aumento significativo na disponibilidade de energia para as províncias. A infraestrutura precária de transporte impede que essa nova capacidade seja plenamente aproveitada.
Na semana passada, o Presidente da República, João Lourenço, deslocou-se ao município da Matala, Huíla, onde inaugurou o Aproveitamento Hidroelétrico depois de uma intervenção profunda que permitiu aumentar a sua capacidade de geração de energia, passando de 27 para 40.8 Megawatts.
A infraestrutura recebeu uma nova turbina, que segundo informações da presidência angolana, com a modernização do Aproveitamento Hidroelétrico da Matala, aumenta exponencialmente o número de cidadãos que nas províncias da Huíla e Namibe consumirão a energia produzida na Matala.
Entretanto, técnicos no terreno entendem que para garantir que a população da Huíla e Namibe tenha acesso à eletricidade de forma confiável e sustentável, é fundamental investir na modernização e expansão da rede de transporte de energia.