Luanda – A falência da Média Rumo, grupo empresarial de comunicação liderado por Domingos Vunge, continua a gerar controvérsias e insatisfação entre antigos funcionários e credores. O grupo, que detinha os semanários "Mercado" e "Vanguarda", além da revista de negócios "Média Rumo", encerrou as suas atividades após enfrentar sérios problemas de gestão e acumular dívidas que, segundo relatos, ultrapassam milhões de kwanzas.
Fonte: Club-k.net
Domingos Vunge, que já atuou como conselheiro econômico do Presidente João Lourenço, é apontado como responsável direto pela má gestão que levou ao colapso da empresa. Ex-colaboradores acusam o empresário de má administração, afirmando que ele fazia gastos excessivos, como a impressão de jornais em Portugal, além de manter altos salários para funcionários e apresentadoras de televisão, o que contribuiu para a inviabilidade financeira do grupo.
As dívidas da Média Rumo com antigos funcionários variam entre 4 e 30 milhões de kwanzas, de acordo com as denúncias. Os ex-colaboradores alegam que Vunge também deve à Unitel cerca de 50 milhões de kwanzas, referentes a um contrato de serviços de comunicação. Os credores e trabalhadores têm pressionado por um acordo, mas afirmam que o empresário se beneficia de influência política e proteção judicial, evitando assim ser responsabilizado legalmente.
Apesar do histórico de falências, Domingos Vunge reabriu recentemente uma de suas antigas empresas, a lavandaria 5 à Sec, o que gerou indignação entre os ex-funcionários, que veem a reabertura como um sinal de que o empresário tem recursos para pagar suas dívidas, mas opta por não fazê-lo.
Os Ex-colaboradores da Média Rumo continuam a exigir justiça e responsabilização do empresário, solicitando que Vunge seja punido pelos prejuízos causados pela gestão da empresa, que resultou no fechamento do grupo e deixou dezenas de trabalhadores sem seus direitos assegurados.