Luanda - Sua Alteza Presidente da República tem de passar a ter (mais) tento na língua.Tem de saber que a palavra de um chefe de Estado tem força de Lei. Tem de ter (muito) cuidado com o que diz. Pelo menos publicamente. Tem a obrigação de saber que há ideias que fervilham nas nossas cabeças que não devem ser externadas. Não devem ser verbalizadas. Em circunstância alguma! A menos que queira ser alvo de alegres risotas como acontece com o Presidente cessante de Moçambique quando abre a boca.
Fonte: Club-k.net
Recentemente João Lourenço exortou ao novo ministro do Interior a não ter medo da farda. Por outras palavras: Pediu a Manuel Homem para infundir medo aos (com)patriotas que andam fardados. A rasgar-lhes a farda. Caso seja necessário. Manuel Homem é civil. Não há problema nenhum com isso. O problema é saber se ignora que quem a enverga, suou às estopinhas para tê-la. Fez por merecê-la. Foi submetido a treinos físicos duros ao ponto de deixar qualquer um com a língua de fora!
Quem usa a farda foi tratado abaixo de cachorro durante a recruta. Não é fácil obter a farda. Ora se a moda de desrespeitar a farda pega, vai ser uma rebaldaria daquelas. Uma baderna geral. Um banzé medonho. Uma selvajaria! Até o “Tio Patinhas e a sua tropa da Kaop” vão desrespeitar a farda. Os cidadãos sem formação patriótica vão enfrentar as autoridades. E isso não pode ser!
Já vi gente a ser surrada e escalavrada pelas autoridades pelo facto de tocarem na farda de um polícia ou de um militar. Mas isso foi no tempo em que Angola era uma República Popular. Havia ordem! Havia respeito pelos símbolos da Pátria! Ainda tenho registado no “disco duro” da minha memória a imagem de efectivos do Serviço de Tropas (ST) a “endireitarem o passo” aos FAPLA que, na rua, não se aprumavam como deve ser ou desrespeitavam a farda.
O Presidente da República é segura e certamente um patriota. Tem a obrigação de saber que a farda é um símbolo do Estado. Da segurança pública. O Comandante-Em-Chefe tem o dever de saber que a farda é sinônimo de disciplina e compromisso com a República de Angola. Quem desrespeita a farda, põe em causa esses valores. Incorre em crime contra a Segurança do Estado. João Lourenço tem de ser mais responsável quando tiver que “botar faladura” para o País. Se não quiser ser ridicularizado. Pelo menos enquanto estiver no Palácio da Cidade Alta.